Famílias de Arapuã pagarão em média R$ 50,00 mensais por casas da Cohapar

São casas feitas com o maior capricho, com parcelas que cabem no bolso do trabalhador. Nesse conjunto, as famílias pagarão por mês entre R$ 43,00 e R$ 53,00 de prestação”, disse o presidente da Cohapar, Rafael Greca
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11/07/2008 - 11:10
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Trabalhadores rurais e famílias com renda preferencial de até um salário mínimo da cidade de Arapuã, região do Vale do Ivaí, receberam quinta-feira (10), 22 unidades habitacionais. O investimento na construção destas casas foi de R$ 288.727,00, do Governo do Paraná. As casas custam em média R$ 50,00 por mês e serão quitadas em seis anos. As chaves foram entregues pelo vice-governador Orlando Pessuti e pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca. Para o presidente da Cohapar, Rafael Greca, é no interior do Paraná onde o povo mais precisa, que o governo faz o seu lucro social. “O lucro de poder dar moradia com dignidade às pessoas mais humildes é a nossa missão. Isso é lucro social. São casas feitas com o maior capricho, com parcelas que cabem no bolso do trabalhador. Nesse conjunto, as famílias pagarão mensalmente entre R$ 43,00 e R$ 53,00 de prestação”, explicou. O vice-governador Pessuti disse que o trabalho que o Governo do Estado faz por meio da Cohapar na construção de casas com prestações simbólicas tem por finalidade resgatar a dignidade e a cidadania das pessoas que mais precisam da intervenção do Estado. “Essas casas que vão oferecer a cada uma dessas famílias uma vida melhor. Essa é a missão deste governo.”, destacou Pessuti. “Só em Arapuá o governo investiu cerca de R$ 3 milhões a fundo perdido”, completou. Greca pediu às famílias que paguem em dia as prestações para que outras pessoas possam ter a mesma oportunidade. “Agora, vocês têm a chave que abrirá as portas de suas casas. Não pagarão mais aluguel, nem viverão de favor. Podem arrumá-las do jeito que mais gostam . Vocês agora têm um endereço e não esqueçam daqueles que ainda estão esperando essa chance”. As casas do Residencial Arapuã foram construídas pela modalidade caução, subsidiadas pelo Governo Federal e Governo Estadual - que cobra prestações simbólicas de famílias que não têm chances de obter financiamento no mercado convencional de habitacional. São unidades em alvenaria, com dois quartos, sala, cozinha com pia de louça, banheiro com chuveiro e louça sanitária, varanda e lavanderia com tanque. Outras 31 unidades estão em construção, na modalidade hipoteca, que em breve também serão entregues. Representando a administração municipal, o secretário da Agricultura, Sebastião dos Santos Lima, ressaltou que “esta é uma grande conquista para a cidade. O governo tem levado para todo o Paraná a realização desse sonho para milhares de famílias. Hoje, em Arapuã, 22 famílias estão tendo essa oportunidade e a alegria de ter a sua chave nas mãos e abrir sua própria casa”. O superintendente regional da Caixa Econômica de Londrina, Roberto Luiz Bachmann lembrou que o sucesso da habitação popular no Paraná é resultado da opção de governo pelos mais pobres. “Há um perfeito alinhamento entre os governos do presidente Lula e do Requião, um governador responsável e determinado, que por meio da Cohapar, faz um excelente trabalho com a habitação e completam a parceria com os prefeitos municipais. A Caixa atua como seu agente financiador, para realizar o sonho dessas famílias”. Esperança - Uma das famílias beneficiadas pelo programa de habitação popular da Cohapar, foi a de Gedália Cordeiro da Silva. Aos 41 anos e sofrendo de uma doença degenerativa há seis anos, ela está vivendo em cadeira de rodas. Foi abandonada pelo marido e ficou com três filhos para criar. Vive com o salário do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e mais uma cesta básica que recebe da prefeitura. Paga aluguel de R$ 100,00 em uma casa de madeira bastante precária, que já foi pedida pelo proprietário. Aparecida Leonardo, de 52 anos é quem cuida da casa, das crianças e de Gedália. Ela conta que Gedália fica muito agitada quando contam sobre a casa nova. “Gedália não vê a hora de sair daqui. Será muito bom para todos. Ela terá uma vida muito melhor, sabendo que seus filhos terão um lugar seguro para morar. A casa foi adaptada para atender sua condição física, com rampas e portas mais largas. “É muito mais confortável, arejada e fácil de manter a limpeza”, diz Aparecida. Cecília Furlan da Silva, 57 anos, é separada. Vive de favor numa casa de madeira, sem forro, construída nos fundos da casa da mãe. “Chove muito aqui dentro e no inverno a casa é gelada. Entra vento por todo canto”, desabafa. “Nunca perdi a esperança de ter meu cantinho. No dia em que eu soube que fui selecionada, nem dormi. É como se minha vida fosse começar agora. Eu ganho um salário de R$ 295,00 por mês e jamais conseguiria ter minha casa se não fosse essa oportunidade que o governo está me dando. Só saio de lá quando morrer”, afirma Cecília.