A edição 2009 da Expotécnica, montada em Sabáudia, no Norte do Paraná, trouxe mais uma vez o estande do Programa Paranaense da Agroindústria Familiar - Fábrica do Agricultor. Também conhecida como “Feira Sabores do Paraná”, o evento percorre há 11 anos as principais feiras do Paraná. Um dos objetivos do trabalho é mostrar a diversidade da produção de alimentos como compotas e embutidos desenvolvida no campo, aproximando os consumidores finais dos produtores. De acordo com o coordenador regional de Produção Animal e também executor do Programa na Expotécnica, José Francisco Lacerda, o papel do Emater é passar orientações, assistência técnica e elaborar projetos para que o agricultor possa agregar valore através de sua matéria prima, de seu potencial e capacidade, resultando em maior qualidade e lucro. “O Emater é o braço de execução das políticas publicas do governo, para o agricultor e para a família”, afirmou. No Paraná hoje são 1.800 pequenas agroindústrias cadastradas no projeto. Todos os produtos são certificados e avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para fazer parte desse projeto o agricultor deve procurar o Emater que passara todas as informações e procedimentos que devem ser tomados, avaliando a produção de cada família. Doces da Vovó Um exemplo da Agroindústria Familiar são os doces da “Vovó Amélia”. Neuza Maria Valério começou há sete anos vendendo de porta em porta sua produção, oriunda de receitas da família. Há um ano e meio foi convidada a participar do projeto, registrando sua marca. Antes produzia em média 50 litros de doce a cada três dias. Com a parceria passou para 100 litros diários, aumentando significativamente a renda da família e consequentemente a qualidade de vida. A agricultora já viajou para feiras de exposições promovidas pela Fábrica do Agricultor em cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e Foz do Iguaçu, sempre com incentivo e subsídio do Governo. A produção dos doces naturais é realizada com produtos (leite e frutos) do seu sítio em Mandaguari (PR). “Quem consegue entrar é muito bom, pagamos muito pouco para hospedagens quando viajamos. Acredito que o objetivo principal do projeto é segurar a família no campo”, explicou Neuza. Ainda segundo a agricultora, o programa é uma forma do governo “atrair os jovens para essa nova agricultura”, fixando-os no campo e agregando um bom rendimento familiar.