Os projetos aprovados pelo subprograma Extensão Tecnológica Empresarial atenderão a pequenos produtores das regiões mais carentes do Paraná, levando conhecimento, novas tecnologias e capacitação técnica, visando à geração de empregos e o aumento de renda da população. A Extensão Tecnológica Empresarial faz parte do programa Universidade Sem Fronteiras e foi criada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com uma grande rede de parcerias. A Extensão Tecnológica Empresarial propicia ao micro e pequeno empreendedor, sem custos, acesso a conhecimentos tecnológicos e de gestão. Um dos 122 projetos aprovados contempla a Associação das Mulheres Costureiras de Ortigueira, que oferecerá cursos de corte e costura para mulheres da região. A agricultora Cleonice de Fátima, que vive em um assentamento na região de Ortigueira, acompanhou os representantes do projeto no lançamento do subprograma, nesta quinta-feira (27), em Curitiba. “Os cursos serão muito importantes para nós, pequenos agricultores, porque nossas dificuldades são imensas”, relatou Cleonice. Em Ibiporã, município da Região Metropolitana de Londrina, produtores rurais fazem conservas vegetais para vender. Agora eles terão o apoio do projeto Suporte Tecnológico e Mercadológico para a Associação de Produtores de Ibiporã, aprovado pela Extensão Tecnológica Empresarial. “Vamos ajudar os produtores principalmente com o controle de qualidade e com a comercialização dos produtos, aumentando, assim, a renda dessa população”, disse a coordenadora do projeto, Neusa Fátima Seibel. “Nós viemos conhecer o mecanismo do programa, essa iniciativa é muito animadora”, disse Célio Brandão Rodrigues, da Cooperativa Caminhos do Tibagi, que tem apoio do programa Universidade Sem Fronteiras. A cooperativa apóia pequenos apicultores, aumentando a produtividade e melhorando a qualidade do produto. “Nossa proposta é levar o mel para o mundo inteiro”, disse Rodrigues. Outro projeto que terá o apoio da Extensão Tecnológica Empresarial é o de educação continuada em panificação e desenvolvimento de novos produtos. O objetivo deste projeto é melhorar a qualidade das padarias da região Oeste do Estado e criar novos tipos de pães. “Esta é uma área em que há muita carência”, segundo o coordenador do projeto e professor da Fundação Assis Gurgacz, Dermânio Tadeu Lima Ferreira. Na região de Braganey e Iguatu, no Oeste paranaense, os pequenos produtores de tomate poderão contar com o apoio de um projeto que pretende valorizar a agricultura familiar por meio de alternativas para diminuir desperdícios e aumentar a produtividade. O principal objetivo do projeto é auxiliar os agricultores a aproveitar melhor a matéria-prima na elaboração de novos produtos processados, como tomate seco e doce de tomate. “A matéria-prima que estava sendo descartada vai se converter em renda para os produtores”, afirmou Janesca Alban Roman, coordenadora do projeto.