Exposição vai mostrar inventário fotográfico do Vampiro de Curitiba

O fotógrafo Nego Miranda inaugura quinta-feira (29), às 18h30, a mostra A Eterna Solidão do Vampiro, na Casa Andrade Muricy (Alameda Dr. Muricy, 915), espaço da Secretaria estadual da Cultura
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22/04/2010 - 16:40
Editoria
O fotógrafo Nego Miranda inaugura quinta-feira (29), às 18h30, a mostra A Eterna Solidão do Vampiro, na Casa Andrade Muricy (Al. Dr. Muricy, 915), espaço da Secretaria de Estado da Cultura. Nego Miranda é responsável por uma pesquisa literário-iconográfica em que registra as marcas de um possível inventário pessoal do “Vampiro de Curitiba”, inspirado no escritor Dalton Trevisan. Serão apresentadas 30 imagens que fogem do estilo dos cartões-postais, trabalhando uma visão particular alternativa da cidade de Curitiba, fugindo do óbvio. O artista diz que o trabalho deve ser visto como uma nova escrita das sucessivas transformações passadas em Curitiba. A exposição A Eterna Solidão do Vampiro permanece na Casa Andrade Muricy até o dia 13 de junho e a entrada é franca.
O fotógrafo está trabalhando há dois anos neste projeto que, além da exposição, também é o título do livro que será lançado na mesma ocasião e foi aprovado por lei municipal. Mas a ideia tem quatro anos e a obra conta com algumas fotos de até sete anos atrás. Das 60 imagens do livro, metade serão expostas na CAM a partir da próxima semana.
Nego Miranda conta que esse é seu primeiro projeto “mais livre”, como ele mesmo descreve. Antes seus trabalhos se limitavam ao fotodocumentarismo, como o registro histórico de Morretes. Agora uniu a admiração por Dalton Trevisan e a cidade de Curitiba com a fotografia, buscando na neblina característica da cidade, nas manhãs frias e na noite, os ambientes descritos pelo “Vampiro de Curitiba” em seus livros. Algumas fotos foram pensadas para trechos específicos da literatura de Trevisan, outras foram feitas e depois encaixadas a partes das obras. Na exposição, cada frase estará nas fotos apresentadas.
NEGO MIRANDA - O curitibano Carlos Alberto Xavier de Miranda expõe seus trabalhos desde a década de 70, participando de eventos, até então, no Brasil, Argentina, Cuba, França e Portugal. Já foi premiado no 2º Salón Internacional de Fotografía, no 2º Concurso Ilford/Micro de Fotografia P&B, no Concurso Turismo no Paraná, na Bienal de Fotografia Ecológica do Rio Grande do Sul e no Museu do Mate do Paraná.
Nego Miranda também publicou sua obra em revistas como a Et Cetera (da Travessa dos Editores) e a Revista Gráfica; também colaborou com o livro A História do Mate, de Tereza Urban, com a coletânea de autores paranaenses Engenhos e Barbaquás e com a publicação britânica de fotógrafos brasileiros Contemporary Brazilian Photography.
Entre as coleções e acervos que mantém trabalhos seus estão os da Fundação Cultural de Curitiba, Museu da Fotografia de Paris, Coleção Joaquim Paiva, Fundo Cubano de La Imagem Fotográfica e Instituto Cultural Itaú.
Ao lado de Maria Cristina Wolff de Carvalho, é autor dos livros Paraná de Madeira e Igrejas de Madeira do Paraná, lançados em 2005. Com Teresa Urban, produziu Morretes – Meu Pé de Serra, em 2007. Participou do livro Caminhos do Rio a Juiz de Fora, lançado em março de 2010.
Serviço: Abertura da exposição A Eterna Solidão do Vampiro, de Nego Miranda.
Dia 29 de abril, às 18h30, na Casa Andrade Muricy (Al. Dr. Muricy, 915). Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10 às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 10 às 16h. A mostra permanece até o dia 13 de junho e tem entrada franca. Mais informações: (41) 3321-4798.

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