A Sadia deverá utilizar a infra-estrutura da Ferroeste e os novos trechos da expansão da ferrovia para facilitar novos negócios no Paraná, onde estão cinco das 15 fábricas da empresa. “O novo momento da Sadia é de recuperação em função das turbulências ocorridas no mercado financeiro”, disse o presidente do conselho de administração da empresa, Luiz Fernando Furlan, que participou em Toledo, na quinta-feira (16), da reinauguração de uma unidade da empresa.
O novo ramal da Ferroeste chegará a Toledo, onde a ferrovia também terá pontos de recepção e escoamento de produtos. O projeto de expansão da Ferroeste de Cascavel a Guaíra já possui projeto final de engenharia, que está sendo atualizado e acrescido de estudos de viabilidade econômica e ambiental. As obras devem comeár em 2009.
O diretor presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni, lembrou que a infra-estrutura é uma questão crucial para o crescimento e a sustentabilidades de empresas, devido aos gargalos existentes e ao alto custo do transporte no Brasil – questão ainda mais aguda para empresas exportadoras. Única ferrovia pública do Brasil, a Ferroeste oferece tarifas mais baratas, tornando os produtos nacionais mais competitivos.
Presente à solenidade, o governador Roberto Requião, disse que a Ferroeste é parte de um projeto de integração de toda a América do Sule convocou cooperativas e indústrias da região a investirem no transporte ferroviário. “O Paraná é o único estado do Brasil que tem um instrumento para fazer política de transporte ferroviário”, disse o presidente da ferrovia, Samuel Gomes.
Há quatro ramais previstos para a expansão da Ferroeste, um deles em direção ao Porto de Paranaguá, com extensão de 360 quilômetros, ligando a região central do Paraná ao Oceano Atlântico. Os outros três ramais chegam a Chapecó (SC), Foz do Iguaçu e Maracaju (MS). Todos devem ser usados pela Sadia para reduzir o custo do transporte e aumentar produtividade e lucratividade.