Os subsídios para a construção de uma visão estratégica de ciência, tecnologia e inovação no Paraná foram tema da palestra do presidente do Conselho Paranaense de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (CPPG), Sérgio Scheer. Ele participou nesta sexta-feira (19) do IV Encontro de Ciência e Tecnologia do Paraná.
Scheer falou da necessidade de se pensar uma gestão compartilhada entre as várias secretarias de Estado, para que se tenha efetivamente uma política de ciência, tecnologia e inovação no Paraná.
“É preciso formular um plano de ação que contemple as ações que já estão em desenvolvimento, como, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), Política Nacional de Defesa, Plano de Desenvolvimento da Saúde e Plano de Desenvolvimento da Agropecuária”, argumentou.
Para construir uma política de Estado, Sheer explicou ser necessário considerar as diferenças regionais, as prioridades estaduais, a interiorização e as respostas a demandas sociais e econômicas. “É preciso fortalecer o sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação, dando a ele mais agilidade e flexibilidade no apoio ao desenvolvimento regional sustentável.”
Sheer comentou também a necessidade de aprovação da lei de inovação do Paraná, para regular e facilitar a interação universidade-empresa. “Definir um arcabouço legal adequado à realização da pesquisa científica e tecnológico com recursos públicos e privados nacionais e internacionais de fomento, cria um ambiente de segurança jurídica para a gestão dos projetos”, explicou.
Na última palestra da sexta-feira, o presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Mário Neto Borges, falou sobre o “Papel das Fundações de Amparo à Pesquisa na governança da Ciência, Tecnologia e Inovação”.
Segundo ele, houve uma rápida expansão da ciência e da tecnologia, uma expressiva demanda por inovação e mudanças significativas na educação.
“Nossa população é de 2,8% da população mundial, respondemos por 1,9% do PIB mundial, e nossa produção científica alcança a marca de 2% de tudo o que é produzido no mundo. Porém, nossa participação em inovações tecnológicas é de apenas 0,2%”, explicou Borges.
Borges deu alguns exemplos da situação brasileira em relação às patentes registradas no escritório de patentes e marcas registradas dos EUA (Uspot). Em 2000, o Brasil tinha 220 patentes registradas, enquanto a China possuía 469. Cinco anos depois, o Brasil somava apenas 340, enquanto a China já reunia mais de 3,5 mil patentes.
Nos investimentos em ciência, tecnologia e inovação em relação ao PIB per capita, o Brasil está bem abaixo de países como a Coréia do Sul, Estados Unidos e Inglaterra.
Para mudar essa realidade, são necessários, segundo Borges, mais investimentos em educação, com prioridade para um sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. “Diante dessa situação, o Confap tem papel estratégico. No ano de 2009, foram investidos R$ 1,6 bilhão e concedidas mais de oito mil bolsas de mestrado e doutorado.”
Borges defendeu ações articuladas que promovam o desenvolvimento integral do País. “Somos bons em transformar pesquisa em conhecimento, mas não somos bons em transformar esse conhecimento em produto, e esse produto em novas pesquisas. É necessário que os governos coloquem o assunto em suas pautas, e que os empresários tenham coragem para investir nessas tecnologias”, avaliou.
Scheer falou da necessidade de se pensar uma gestão compartilhada entre as várias secretarias de Estado, para que se tenha efetivamente uma política de ciência, tecnologia e inovação no Paraná.
“É preciso formular um plano de ação que contemple as ações que já estão em desenvolvimento, como, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), Política Nacional de Defesa, Plano de Desenvolvimento da Saúde e Plano de Desenvolvimento da Agropecuária”, argumentou.
Para construir uma política de Estado, Sheer explicou ser necessário considerar as diferenças regionais, as prioridades estaduais, a interiorização e as respostas a demandas sociais e econômicas. “É preciso fortalecer o sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação, dando a ele mais agilidade e flexibilidade no apoio ao desenvolvimento regional sustentável.”
Sheer comentou também a necessidade de aprovação da lei de inovação do Paraná, para regular e facilitar a interação universidade-empresa. “Definir um arcabouço legal adequado à realização da pesquisa científica e tecnológico com recursos públicos e privados nacionais e internacionais de fomento, cria um ambiente de segurança jurídica para a gestão dos projetos”, explicou.
Na última palestra da sexta-feira, o presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Mário Neto Borges, falou sobre o “Papel das Fundações de Amparo à Pesquisa na governança da Ciência, Tecnologia e Inovação”.
Segundo ele, houve uma rápida expansão da ciência e da tecnologia, uma expressiva demanda por inovação e mudanças significativas na educação.
“Nossa população é de 2,8% da população mundial, respondemos por 1,9% do PIB mundial, e nossa produção científica alcança a marca de 2% de tudo o que é produzido no mundo. Porém, nossa participação em inovações tecnológicas é de apenas 0,2%”, explicou Borges.
Borges deu alguns exemplos da situação brasileira em relação às patentes registradas no escritório de patentes e marcas registradas dos EUA (Uspot). Em 2000, o Brasil tinha 220 patentes registradas, enquanto a China possuía 469. Cinco anos depois, o Brasil somava apenas 340, enquanto a China já reunia mais de 3,5 mil patentes.
Nos investimentos em ciência, tecnologia e inovação em relação ao PIB per capita, o Brasil está bem abaixo de países como a Coréia do Sul, Estados Unidos e Inglaterra.
Para mudar essa realidade, são necessários, segundo Borges, mais investimentos em educação, com prioridade para um sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. “Diante dessa situação, o Confap tem papel estratégico. No ano de 2009, foram investidos R$ 1,6 bilhão e concedidas mais de oito mil bolsas de mestrado e doutorado.”
Borges defendeu ações articuladas que promovam o desenvolvimento integral do País. “Somos bons em transformar pesquisa em conhecimento, mas não somos bons em transformar esse conhecimento em produto, e esse produto em novas pesquisas. É necessário que os governos coloquem o assunto em suas pautas, e que os empresários tenham coragem para investir nessas tecnologias”, avaliou.