Um ato realizado no final da tarde de terça-feira (20) no auditório do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), em Curitiba, celebrou a posse do novo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo José Lübke.
O evento reuniu autoridades, representantes de instituições estaduais de ensino superior, de universidades filantrópica e privadas, pesquisadores, funcionários da Secretaria e de instituições de pesquisa vinculadas. O Grupo de Sopro da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) se apresentou na solenidade.
Nomeado pelo governador Orlando Pessuti no último dia 13, Nildo José Von Lübke é advogado e professor titular da cadeira de Estética e Direitos Autorais da Embap. Lübke revelou que o governador lhe pediu para estreitar a parceria do sistema estadual de ciência e tecnologia com a iniciativa privada e instituições como a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e o Lactec.
“O Lactec e o Cietep são símbolos fortes do intento do governador de fazer o sistema estadual funcionar em parceria com iniciativa privada, a Fiep, a indústria em geral, criando a lei de inovação tecnológica. Temos que progredir na tecnologia e na inovação. Não há possibilidade de construirmos uma sociedade melhor se não estivermos na vanguarda da ciência, na vanguarda da tecnologia”, afirmou.
O secretário lembrou a importância dos cursos de ensino superior com programas disciplinares modernos, eficientes e contemporâneos na formação dos bacharéis e licenciados. “Sem essa formação, não teremos a inovação, a tecnologia e muito menos a ciência”, disse.
Lübke disse concordar com o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, e o presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, João Carlos Gomes. Os dois afirmaram que não é possível imaginar o Paraná sem o atual sistema estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
“Mas temos que produzir mais, chegar a um nível avançado, dando racionalidade ao sistema, envolvendo o Instituto Tecnológico Simepar, a Fiep, o Lactec, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e outras organizações situadas na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, na Universidade Federal do Paraná, em universidades privadas, com as universidades estaduais”, afirmou o secretário.
“Temos que unificar essas diversas instituições voltadas ao mesmo objeto, à construção de um Estado, de uma sociedade forte, de homens e mulheres livres da pobreza, da miséria”, disse Lübke. “O objeto principal do esforço do Estado na ciência e na tecnologia não é construir grandes monumentos científicos ou tecnológicos, mas edificar o que é mais importante, a sociedade”, argumentou.
SÉTIMA UNIVERSIDADE – A pedido do governador, o secretário disse que irá trabalhar para que o Paraná tenha sua sétima universidade estadual. “Somos seis universidades e sete faculdades, e criaremos em breve a sétima universidade, em conjunto com os diretores e as comunidades de Campo Mourão, Apucarana, Paranavaí, União da Vitória, Paranaguá e Curitiba”, anunciou.
“Também vamos atuar firmemente junto ao governo federal, para que ele nos retribua com alguma coisa tanto no campo da ciência e da tecnologia como no campo do ensino superior. Não é justo que tenhamos um sistema de ensino superior tão grande e a União não colabore com nada. O Rio Grande do Sul possui um conjunto de universidades federais sete vezes superior ao do Paraná”, comparou.
“Também não temos como nos comparar com o estado de Minas Gerais, que tem 12 universidades federais. Mas, recentemente, houve a transformação do antigo Cefet em universidade federal, e uma nova expansão em Foz do Iguaçu, com a Universidade Federal da Integração Latino Americana (Unila). Também teremos a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com campus em Laranjeiras do Sul e Realeza, no Paraná, e sede em Santa Catarina”, enumerou.
No entanto, o secretário reafirmou a necessidade de empenho em obter recursos federais para o sistema estadual. “Junto com o governador Orlando Pessutti, estivemos recentemente com o ministro Paulo Bernardo para tratar da questão. Temos que abrir possibilidades legais para a transferência de recursos para o Paraná equivalente a um percentual de alunos do sistema estadual. Gastamos cerca de R$ 1,6 bilhão no sistema estadual de ensino superior do Paraná. É dinheiro bem investido, mas a União deve compensar esse esforço da sociedade paranaense”, defendeu.
O novo secretário também disse ser “muito pouco” o que o Paraná recebe do governo federal para investir em ciência e tecnologia, e que irá se empenhar para aumentar a fatia do Estado.
APOIO – “O secretário tem nosso apoio para dizer ao Brasil que o Paraná, que colhe 25% da safra de grãos do País, não recebe como contrapartida do governo federal aquilo que lhe é de direito. Se hoje o Rio de Janeiro cobra enfaticamente, através de seu governador e do prefeito da cidade do Rio de janeiro, os royalties do petróleo, produzido a mais de 300 quilômetros de sua costa, o Paraná ainda silencia quando lhe foi usurpado o direito de tributar o ICMS da usina de Itaipu”, falou o desembargador Antonio Lopes de Noronha, representante do Tribunal de Justiça do Paraná na solenidade.
Participaram do evento os presidentes do Conselho Estadual de Educação, Romeu Gomes de Miranda, e da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), o diretor da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar), Antônio Alpendre da Silva, além do recém-nomeado presidente do Tecpar, Luiz Fernando Ribas, e de Vanessa Pissetti Muniz, representante do Lactec.
Também estiveram no evento os reitores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel, e de universidades estaduais, além de diretores das faculdades estaduais.
Ao final da solenidade, Nildo Lübke e todos os presentes receberam uma bênção ecumênica do padre José Aparecido, capelão do Palácio das Araucárias, do bispo de Jacarezinho, dom Fernando Penteado, e do pastor Carlos Alberto Rodrigues.
(BOX)
Quem é Nildo José Lübke
Catarinense de Brusque, Nildo José von Lübke iniciou a carreira na área da educação há mais de 20 anos. Formado em Filosofia nas Faculdades Associadas Ipiranga, em São Paulo. Possui especialização em Direito Administrativo e Educação pela Faculdade Católica de Administração de Curitiba.
É doutor em Ciências Morais pela Pontifícia Universidade Lateranense, da Itália, e em Ciências Sociais pela Universidade Georg August de Göttingen, Alemanha.
Desde 1993, leciona Estética e Direitos Autorais na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Foi chefe de gabinete da vice-governadoria do Paraná entre 2003 e 2010.
O evento reuniu autoridades, representantes de instituições estaduais de ensino superior, de universidades filantrópica e privadas, pesquisadores, funcionários da Secretaria e de instituições de pesquisa vinculadas. O Grupo de Sopro da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) se apresentou na solenidade.
Nomeado pelo governador Orlando Pessuti no último dia 13, Nildo José Von Lübke é advogado e professor titular da cadeira de Estética e Direitos Autorais da Embap. Lübke revelou que o governador lhe pediu para estreitar a parceria do sistema estadual de ciência e tecnologia com a iniciativa privada e instituições como a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e o Lactec.
“O Lactec e o Cietep são símbolos fortes do intento do governador de fazer o sistema estadual funcionar em parceria com iniciativa privada, a Fiep, a indústria em geral, criando a lei de inovação tecnológica. Temos que progredir na tecnologia e na inovação. Não há possibilidade de construirmos uma sociedade melhor se não estivermos na vanguarda da ciência, na vanguarda da tecnologia”, afirmou.
O secretário lembrou a importância dos cursos de ensino superior com programas disciplinares modernos, eficientes e contemporâneos na formação dos bacharéis e licenciados. “Sem essa formação, não teremos a inovação, a tecnologia e muito menos a ciência”, disse.
Lübke disse concordar com o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, e o presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, João Carlos Gomes. Os dois afirmaram que não é possível imaginar o Paraná sem o atual sistema estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
“Mas temos que produzir mais, chegar a um nível avançado, dando racionalidade ao sistema, envolvendo o Instituto Tecnológico Simepar, a Fiep, o Lactec, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e outras organizações situadas na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, na Universidade Federal do Paraná, em universidades privadas, com as universidades estaduais”, afirmou o secretário.
“Temos que unificar essas diversas instituições voltadas ao mesmo objeto, à construção de um Estado, de uma sociedade forte, de homens e mulheres livres da pobreza, da miséria”, disse Lübke. “O objeto principal do esforço do Estado na ciência e na tecnologia não é construir grandes monumentos científicos ou tecnológicos, mas edificar o que é mais importante, a sociedade”, argumentou.
SÉTIMA UNIVERSIDADE – A pedido do governador, o secretário disse que irá trabalhar para que o Paraná tenha sua sétima universidade estadual. “Somos seis universidades e sete faculdades, e criaremos em breve a sétima universidade, em conjunto com os diretores e as comunidades de Campo Mourão, Apucarana, Paranavaí, União da Vitória, Paranaguá e Curitiba”, anunciou.
“Também vamos atuar firmemente junto ao governo federal, para que ele nos retribua com alguma coisa tanto no campo da ciência e da tecnologia como no campo do ensino superior. Não é justo que tenhamos um sistema de ensino superior tão grande e a União não colabore com nada. O Rio Grande do Sul possui um conjunto de universidades federais sete vezes superior ao do Paraná”, comparou.
“Também não temos como nos comparar com o estado de Minas Gerais, que tem 12 universidades federais. Mas, recentemente, houve a transformação do antigo Cefet em universidade federal, e uma nova expansão em Foz do Iguaçu, com a Universidade Federal da Integração Latino Americana (Unila). Também teremos a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com campus em Laranjeiras do Sul e Realeza, no Paraná, e sede em Santa Catarina”, enumerou.
No entanto, o secretário reafirmou a necessidade de empenho em obter recursos federais para o sistema estadual. “Junto com o governador Orlando Pessutti, estivemos recentemente com o ministro Paulo Bernardo para tratar da questão. Temos que abrir possibilidades legais para a transferência de recursos para o Paraná equivalente a um percentual de alunos do sistema estadual. Gastamos cerca de R$ 1,6 bilhão no sistema estadual de ensino superior do Paraná. É dinheiro bem investido, mas a União deve compensar esse esforço da sociedade paranaense”, defendeu.
O novo secretário também disse ser “muito pouco” o que o Paraná recebe do governo federal para investir em ciência e tecnologia, e que irá se empenhar para aumentar a fatia do Estado.
APOIO – “O secretário tem nosso apoio para dizer ao Brasil que o Paraná, que colhe 25% da safra de grãos do País, não recebe como contrapartida do governo federal aquilo que lhe é de direito. Se hoje o Rio de Janeiro cobra enfaticamente, através de seu governador e do prefeito da cidade do Rio de janeiro, os royalties do petróleo, produzido a mais de 300 quilômetros de sua costa, o Paraná ainda silencia quando lhe foi usurpado o direito de tributar o ICMS da usina de Itaipu”, falou o desembargador Antonio Lopes de Noronha, representante do Tribunal de Justiça do Paraná na solenidade.
Participaram do evento os presidentes do Conselho Estadual de Educação, Romeu Gomes de Miranda, e da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), o diretor da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar), Antônio Alpendre da Silva, além do recém-nomeado presidente do Tecpar, Luiz Fernando Ribas, e de Vanessa Pissetti Muniz, representante do Lactec.
Também estiveram no evento os reitores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel, e de universidades estaduais, além de diretores das faculdades estaduais.
Ao final da solenidade, Nildo Lübke e todos os presentes receberam uma bênção ecumênica do padre José Aparecido, capelão do Palácio das Araucárias, do bispo de Jacarezinho, dom Fernando Penteado, e do pastor Carlos Alberto Rodrigues.
(BOX)
Quem é Nildo José Lübke
Catarinense de Brusque, Nildo José von Lübke iniciou a carreira na área da educação há mais de 20 anos. Formado em Filosofia nas Faculdades Associadas Ipiranga, em São Paulo. Possui especialização em Direito Administrativo e Educação pela Faculdade Católica de Administração de Curitiba.
É doutor em Ciências Morais pela Pontifícia Universidade Lateranense, da Itália, e em Ciências Sociais pela Universidade Georg August de Göttingen, Alemanha.
Desde 1993, leciona Estética e Direitos Autorais na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Foi chefe de gabinete da vice-governadoria do Paraná entre 2003 e 2010.