O Paraná atingiu, ao lado de Santa Catarina, o menor índice do déficit habitacional do país, um total de 8,9% das necessidades do país, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23) pelo SindusCon (Sindicato da Construção Civil) de São Paulo. Os dados apresentados na pesquisa foram elaborados pela Fundação Getúlio Vargas, com base nas informações levantadas pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, o fato do Estado estar entre os menores índices do país na necessidade de moradia se deve à política habitacional desenvolvida pelo governador Roberto Requião e construída pela Cohapar. Segundo Greca, desde 2003 até os dias de hoje os programas já atenderam 62.991 famílias. “Nesse período já foram construídas 16.932 casas e temos mais 9.691 em obras, além de 36.368 regularizações. Essa é a política habitacional do Paraná, dando prioridade aos que mais precisam de uma moradia digna e de qualidade”. PESQUISA - A pesquisa leva em conta o ano de 2006 e aponta que o déficit relativo, que mede o número de casas existentes dividido pelo de casas necessárias para suprir a demanda, atingiu 14,6%. Isso representa um recuo de 0,3%, sobre o ano de 2005. Apesar da mostragem apresentar que a demanda tem crescido em todo o país, o déficit vem diminuindo de forma regular em vários estados, em razão do aumento de moradias construídas. Entre aos anos de 1993 e 2006 a carência por moradias no país evoluiu 27,2%, sendo que no mesmo período o número de domicílios também aumentou, saltando de 37.064 milhões para 54.719 milhões. Em termos relativos, a necessidade por habitações populares teve uma redução de 16,9% para 14,6%. No Paraná, segundo o último levantamento feito em 2000 pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social), a carência por moradias é de 283.274 unidades. Para esse estudo o órgão levou em consideração as habitações improvisadas, a co-habitação familiar e cômodos cedidos, alugados ou co-habitação disfarçados.