Estréia da ópera Carmen empolga o público no Teatro Guaíra

Em quase três horas de duração, pode-se assistir a uma seqüência de excelentes interpretações da obra de Georges Bizet
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14/08/2009 - 14:21
Editoria
O entusiasmo do público presente ao Guairão nesta quinta-feira (13) revelou toda satisfação que o brilho e as surpresas apresentadas na ópera Carmen transmitiram. Além de cantores competentes e donos de belíssimas vozes, a performance do Guaíra 2 Cia. de Dança, a participação do Coral Curumim e a competente e brilhante execução da Orquestra Sinfônica do Paraná, aliados a surpresas como a entrada em cena de cavalos, durante o desfile de toureiros do último ato, fizeram do espetáculo um acontecimento ímpar que agradou plenamente. O público presente à estréia foi brindado com um espetáculo bem acabado e que agradou, sobretudo, pela performance do elenco de cantores e bailarinos. Ao longo das quase três horas de duração do espetáculo, além da beleza dos cenários, figurinos e iluminação, pode-se assistir a uma seqüência de interpretações entusiasmantes das árias da ópera de Georges Bizet, pelo elenco de solistas. Várias árias foram aplaudidas em cena aberta. A mezzo-soprano paranaense, Luciana Bueno, que fez o papel título, e o tenor argentino Marcelo Puente, como Dom José, foram os principais responsáveis pela reação efusiva do público. O Guaíra 2 Cia. de Dança, que interpreta as diversas danças que a obra contém, trouxe a dança flamenca de forma suave e vibrante ao palco do Guairão, com coreografia da bailarina Inês Drummond, integrante da companhia. O Coral Curumin, com 21 anos de existência, bastante conhecido do público curitibano pelos seus espetáculos sempre corretos, emprestou à cena o frescor e a alegria das crianças, além de executar com precisão a parte vocal que lhe é reservada. A experiente e eclética Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência de seu maestro titular Alessandro Sangiorgi, conduziu o espetáculo de forma precisa, constituindo-se em atração à parte na execução da música de Bizet. Para a surpresa de todos, no ato final, durante o desfile dos toureiros, entram em cena cavalos, presenças tradicionais nas touradas. Os cavalos foram treinados e cedidos à produção do Teatro Guaíra pelo Regimento Coronel Dulcídio, unidade integrante da Polícia Militar do Paraná. Aliás, a colaboração envolvendo alguns órgãos do Governo do Estado e, mais assiduamente, com as diversas unidades da Polícia Militar, tem viabilizado muitas das ações do Teatro Guaíra. Desta vez, foi com o Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio, que é a unidade mais antiga da Policia Militar do Paraná. Foi criado em 30 de Junho de 1879; cujo nome, que recebeu em 1966, é uma justa homenagem ao bravo militar, nascido em Curitiba, e morto heroicamente em combate durante o Cerco da Lapa, em fevereiro de 1874. O Regimento está instalado no Bairro Tarumã e é responsável pelo policiamento ostensivo/preventivo em 29 bairros da área leste de Curitiba, onde atua com policiamento a pé, motorizado e montado. O paulista Walter Neiva, que iniciou sua carreira em Curitiba com a ópera Cosi Fan Tutte, de Mozart, em 1989, é o responsável pela Direção Geral do espetáculo. Para o cartaz e a capa do programa, a bailarina de dança flamenca Carmen Romero pousou para um ensaio fotográfico, realizado pelos profissionais Adriano Bassanni e José Luiz Guillon. Como todas as fotos são plástica e técnicamente exuberantes, apesar de apenas uma, por motivos óbvios, ter sido escolhida para o cartaz e capa do programa, o Teatro Guaíra promove no foyer do Guairão uma exposição dos melhores momentos do ensaio de Bassani e Guillon, cuja curadoria é de José Victor Citt. A realização da produção só foi possível com a participação de empresas, através dos incentivos da Lei Rouanet. A Copel Distribuição S.A., patrocinou parte considerável da produção, que conta ainda com o patrocínio das empresas Gemaldo do Brasil Cartões e Serviços Ltda., Romani S. A. Indústria e Comércio de Sal e da Munters Brasil Indústria e Comércio.

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