Ao participar na última quarta-feira (22) da inauguração do Espaço de Artesanato, do projeto-piloto Arte Nossa de Guaraqueçaba, o prefeito Riad Said Zahoui disse que a obra vai proporcionar a abertura de um novo mercado de trabalho, especialmente para os jovens, que desta forma deixará de buscar empregos nos grandes centros.
“O espaço será muito importante para segurar o nativo aqui”, destacou Riad, acrescentando que “a obra significa muito para a nossa cidade, porque vai resgatar a dignidade e, ao mesmo tempo, abrir mercado de trabalho para a nossa população, que até então se encontrava sem rumo, sem perspectivas de um futuro melhor”.
O prefeito acredita ainda que o artesanato vai incrementar o turismo no município. “Na maioria das vezes, o turista vinha a Guaraqueçaba a procura de peças de artesanato e voltava de mãos vazias. Entretanto, de um ano para cá, com a organização da cooperativa de artesãos e com os cursos de capacitação ministrados pelo Provopar, essa realidade começou a mudar. Assim, não tenho dúvidas de que haverá um aumento significativo no número de turistas em nossa cidade”.
Preservando a arte – Para a coordenadora do Arte Nossa de Guaraqueçaba, Jamile Cristoval Pereira, o projeto-piloto implantado pelo Provopar será uma fonte de trabalho e renda para os artesãos de Guaraqueçaba, “um município carente e que, neste Governo, vem recebendo a atenção que merece”.
Jamile, que faz parte do Conselho Tutelar, disse que os jovens do município “viviam num verdadeiro ócio, porque não tinham o que fazer. A vida de muitos era de passeios fora daqui, em busca de coisas que não existem, envolvidos com “coisas” prejudiciais a sociedade, como bebida e droga. Agora, com a implantação desse projeto, eles podem fazer algo que os faça sentir realizados”.
Este é o caso de Juarez Gonçalves Martins, que desde a implantação da cooperativa de artesãos, vem trabalhando com fibras vegetais de açucena e bananeira, fazendo sacolas, envelopes, porta-cds, convites, cartão de visita, cestarias e abajur. “Por enquanto, a procura ainda é pequena. Mas estamos recebendo as primeiras encomendas, como da Federação Paranaense de Golfe, que deseja algumas sacolas. Tenho certeza que, com o apoio do Provopar, vamos poder expandir nosso trabalho”.
O artesão Ivan Gonçalves Cordeiro acredita que os investimentos do Provopar vão proporcionar “o desenvolvimento sustentável em nosso município, juntando grupos, preservando a arte popular e implantando sistema de trabalho”. Ele conta que ainda não dá para viver de artesanato, “mesmo porque o trabalho é recente. Porém, já está sendo possível vender alguns dos nossos produtos graças a cooperativa.