O Espaço Cultural BRDE abre nesta quinta-feira (14) a exposição do escultor argentino Alfi Vivern, que conta com a chancela do Codesul e do Consulado da Argentina. Considerado um dos maiores escultores da atualidade, com exposições na Europa, Ásia e América do Sul, Alfi é um dos convidados da diretoria do BRDE, que todos os anos elege expoentes artísticos locais, sem precisar passar pelo crivo da comissão de seleção.
Em 2008, os convidados foram o pintor francês Paul Garfunkel, cuja mostra bateu recorde de visitantes naquele espaço. Alfi é o convidado da vez. O próximo é o pintor/ ilustrador Claudio Kambé cuja exposição abre em outubro.
Há quatro anos o artista argentino/brasileiro não realiza uma mostra individual. Para esta exposição, que fica aberta até o dia 30 de setembro, além das peças monumentais e abstratas, Vivern traz para o Palacete dos Leões intimistas peças figurativas que tendem à ironia e auto-reflexão.
Há algum tempo Vivern vem produzindo obras de dimensões menores e que envolvem materiais diversos, além da pedra. Estas esculturas provocam a reflexão sobre os problemas mais próximos do homem. Entretanto, como comenta o crítico de arte Fernando Bini, em raros momentos o homem aparece. “O que está na obra é sempre a sua ausência, os seus pertences e os objetos que foram usados e largados por ele”.
Alfi Vivern nasceu em Buenos Aires, em 12 de setembro de 1948. Freqüentou o instituto Di Tella de Buenos Aires, Argentina. Chegou ao Brasil em 1972 e montou na Bahia o primeiro atelier. Em Curitiba, freqüentou o Centro de Criatividade nos anos 80 e fez sua primeira individual na Fundação Cultural de Curitiba, em 81, mesmo ano em que participou do 37º Salão Paranaense e da V Bienal Internacional da Pequena Escultura, na Hungria. Adotou a cidade, e atualmente, vive e trabalha na capital paranaense, onde é diretor do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Já expôs na França, Egito, Alemanha, Coréia do Sul, Taiwan, Bélgica, Espanha, Argentina, Colômbia e ganhou prêmios internacionais.