Silvio Rocha é consciente e sensível quando trata de assuntos sociais. Em dois anos de pesquisa ouviu histórias sobre os Xetá e foi conquistado por elas. Nas décadas de 50 e 60, este povo habitava o noroeste do Paraná e estimava-se a existência de 2 mil índios. Hoje, os Xetá resumem-se em apenas seis remanescentes. Para o Produtor Cultural e Consultor do Projeto Marcelo Miguel, o artista é considerado um Homem da Terra. Homem este “capaz de capturar formas e cores do mundo subvertê-las e transformá-las. O artista vai além em seu trabalho quando expõe suas angústias e toda sua aflição sobre o uso que o chamado homem civilizado deu e dá a esta terra quando retrata a história daqueles que eram desta terra e perderam a chance de desfrutá-la”. As telas pictóricas do artista são reflexos das características físicas do povo Xetá. A cor vermelha está presente na maioria das obras, ressaltando assim o derramamento de sangue, destruição de florestas e mortes. As figuras infantis trazem à obra um sentimento de esperança. Crianças que foram arrancadas da família e, que assim, salvaram a etnia da dizimação contribuindo para que o registro deste povo seja eterno perante a história. A exposição “Fragmentos Xetá” já passou pelas cidades de Cianorte, Douradina, Guaíra, Iporã, Nova Olímpia, Tapejara, Umuarama e Campo Mourão. Serviço “Fragmentos de Xetá” Abertura 04 de fevereiro às 19hs Exposição De 05/02 a 11/03 Segunda a sexta-feira, 12h30 às 18h30 Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões Av. João Gualberto, 530/570 (com estacionamento) Alto da Glória – Curitiba -PR Informações: (41) 3219-8056