Acadêmicos com deficiência visual da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) passaram a contar com equipamentos especiais que facilitam o acesso a conteúdos de aprendizagem. Com textos digitalizados e impressos em braile, o portador de deficiência visual não precisa mais do auxílio de outra pessoa para fazer a leitura. Cego desde os 36 anos, quando sofreu um acidente de trabalho, Luiz Carvalho de Souza, hoje com 53 anos, é estudante do quarto ano de História e considera que com a utilização dos equipamentos está se saindo muito melhor nas aulas. “Antes o material chegava gravado por ledores, agora é possível soletrar palavras”, diz. Motivado pela sua própria história, Luiz terá como tema de seu trabalho de conclusão de curso a integração do cego na sociedade. A Unicentro tem três acadêmicos com visão sub-normal e dois totalmente sem visão. Segundo a professora Ana Aparecida de Oliveira Machado Barby, coordenadora do projeto Inclusão de Alunos Portadores de Deficiências Visuais, a impressão dos materiais oferece ao aluno uma maior comodidade nos estudos. O projeto contou com recursos da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior por meio do Fundo Paraná. Com o investimento de R$ 16 mil, foram adquiridos um scanner e uma impressora em braile. Além de facilitar o acesso aos conteúdos didáticos, os equipamentos possibilitam também a digitalização de outros materiais com informações complementares, como revistas e jornais. Os equipamentos estão instalados no Programa de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (Pape) da Unicentro. Além de acadêmicos e professores que necessitam de material adaptado, também são atendidos alunos do ensino médio e fundamental de escolas da região, a comunidade de Guarapuava e municípios vizinhos, como Pitanga.