Entidades sindicais destacam avanço na geração de empregos


Para o economista do Dieese Cid Cordeiro, a geração de 10.035 empregos formais em março no Paraná confirma a recuperação de postos de trabalho neste ano
Publicação
26/04/2006 - 18:58
Editoria
O anúncio do Ministério do Trabalho de que o Paraná teve no primeiro trimestre deste ano um dos melhores desempenhos do país na geração de empregos teve boa repercussão entre as entidades representativas de várias categorias de trabalhadores. Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Roni Anderson Barbosa, o crescimento econômico no Paraná e no Brasil tem que ser sustentável e que, para isto, a geração de empregos é importante. “Muitas vezes temos crescimento econômico que não revertem em criação de empregos. Mais empregos significam melhores negociações salariais”. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana, Nelson Silva de Souza, concorda. “Teremos maior tranqüilidade na hora de reivindicar melhores condições de trabalho”, afirma. Segundo ele, o crescimento na geração de empregos no Paraná reflete a migração de empresas e de trabalhadores do mercado informal para uma situação legal. “A partir do momento que as pessoas saem da informalidade cria-se um círculo virtuoso com maior geração de renda e novamente maior oferta de trabalho e melhores condições salariais”. Mínimo Regional - Além disso, segundo Barbosa, o crescimento dos empregos formais no Estado é um indicador de que o Paraná tem demanda para a criação de um mínimo regional. “O Estado está crescendo e gerando empregos, portanto, não temos indicações de que possa haver demissões”. Para o economista Cid Cordeiro, do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicos (Dieese), a geração de 10.035 empregos formais em março no Paraná confirma a recuperação de empregos neste ano. Segundo ele, no primeiro trimestre o desempenho do Paraná está muito próximo do registrado em 2004, melhor dos últimos 12 anos. “Os indicadores, com crescimento acima da média nacional tanto em março quanto no acumulado, demonstram uma perspectiva de continuidade do crescimento no próximo semestre”. Para Cordeiro, o bom desempenho de setores como o da construção civil pode ser creditado ao volume de crédito disponibilizado pelo Governo Federal ao setor e ao aumento do número de obras públicas. “São ações que refletiram nas contratações da construção civil”.

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