Diversas entidades de classe, federações e lideranças políticas apoiaram a decisão do Governo do Estado de intervir na gestão administrativa da Ferroeste. O ex-governador e representante do Centro dos Ferroviários do Paraná e Santa Catarina, Emílio Gomes, classificou a medida como correta e que vem ao encontro dos apelos da sociedade paranaense. Ele recordou que o Centro dos Ferroviários já havia apontado a necessidade da intervenção na ferrovia no sentido de melhorar a operação e o escoamento da produção do Oeste do Paraná. “É uma ação inteligente e corajosa que vai fazer com que a Ferroeste funcione efetivamente”, destacou o ex-governador. O economista ex-presidente do BNDES Carlos Lessa reforçou o posicionamento de Emílio Gomes e acrescentou que a intervenção é um dever de um governante que se preocupa com os interesses públicos. “O governador Roberto Requião é um homem corajoso e tem toda a minha solidariedade. A intervenção da Ferroeste é uma medida que recupera e fortalece o Estado do Paraná”, ressaltou. A ação também foi parabenizada por parlamentares da Câmara Federal. A deputada Doutora Clair criticou os contratos de privatização que, na sua opinião, são em sua maioria lesivos porque protegem as empresas e ferem o patrimônio público. “Esse contrato não favorece a revitalização da ferrovia e a própria empresa não cumpriu o que contratualmente foi estipulado. Exatamente por isso é preciso que haja uma intervenção do governo sobre essa empresa.”, salientou. Ela ainda elogiou a escolha do engenheiro Saulo de Tarso Pereira como interventor “Considero que a nomeação do interventor na pessoa do engenheiro Saulo de Tarso foi uma boa iniciativa porque ele possui uma larga experiência no setor ferroviário e tem travado uma importante luta na defesa do sistema ferroviário, não apenas do Paraná, mas de todo o país.”, acrescentou. Já o deputado federal Max Rosemann afirmou que a intervenção na gerência da Ferroeste é a continuação das ações do governo Requião na procura do desenvolvimento econômico e financeiro do Paraná. “Foi assim na revisão dos contratos lesivos da Copel, na recuperação da administração da Sanepar e agora esta necessária ação na Ferroeste”, afirmou. Para o presidente paranaense do PC do B, Milton Alves, a retomada da gerência da Ferroeste vai “alavancar o desenvolvimento, não somente do Oeste, mas de todo o Paraná”, afirmou. “A retomada a Ferroeste para o Estado representa um papel importante no transporte de grãos, fazendo essa ligação da ferrovia com o porto e desenvolvendo ainda mais nosso estado” BOX Dezenas de correspondências elogiam ação do Governo Mais de duas dezenas de fax e correspondências eletrônicas foram enviadas ao governador Roberto Requião e à diretoria da Ferroeste elogiando a ação de intervir da gerência da Ferroeste. A Federação Nacional das Associações dos Ferroviários Aposentados e Pensionistas, que congrega ferroviários de 16 estados, enviou um fax ao governador Requião afirmando que “o ato demonstra a preocupação do Estado do Paraná com o sistema ferroviário atual”. E acrescenta que não concorda com um sistema que somente beneficia as concessionárias. Apoio à ação veio também da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção da Região de Guarapuava, Acomac, que destacou, através de e-mail, a medida junto à administração da ferrovia. “Até hoje aquela obra que custou tanto ao nosso estado não vem cumprindo sua finalidade. Estamos efetivamente felizes que esta obra tão importante possa finalmente cumprir a missão para que foi construída.” Para o engenheiro Roberto Cardoso, o gerenciamento da ferrovia deve efetivamente ficar sob o controle do Estado. “È imperativo para o a economia do estado, bem como para a retomada da moralidade dos negócios públicos, que haja um novo modelo de gestão empresarial dos serviços ferroviários”, ressaltou em e-mail enviado ao governo.