Ensino de línguas estrangeiras faz parte da formação de oficiais da PM

Proximidade de competições esportivas mundiais e necessidade de aperfeiçoamento contínuo fazem com que os policiais se aprimorem em idiomas
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10/12/2010 - 14:30
Editoria

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A Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), desde o ano passado, prepara os policiais com o ensino de línguas estrangeiras, principalmente inglês, tendo em vista os eventos esportivos que vão acontecer no Brasil nos próximos anos e a necessidade de aperfeiçoamento contínuo. “Os quatro anos que o policial vai permanecer na academia são suficientes para que ele esteja proficiente em idiomas. Nosso projeto prevê que, daqui a alguns anos, todo o oficial da Polícia Militar saiba pelo menos dois idiomas”, afirma o comandante da APMG e diretor de Ensino da PM, coronel Roberson Luiz Bondaruk.
No ano que vem, também serão ministradas aulas de espanhol. “Outras academias do Brasil já fazem isso. Independente de o Paraná e Curitiba serem sedes de jogos internacionais, o estado tem importância no cenário mundial e, por isso, entendemos que a capacitação em idiomas é necessidade permanente”, destaca o coronel.
O ensino é dividido em três etapas durante os primeiros anos da formação do oficial. “Já no segundo módulo, o futuro oficial é capaz de ministrar pequenas palestras em outra língua”, explica o instrutor de línguas da APMG, capitão Claudionor Agibert. No último mês, uma das turmas do curso realizou explanações sobre segurança, dicas de segurança, cuidados pessoais e pontos turísticos da capital para um grupo de mulheres estrangeiras, supervisionados pelo capitão, em Curitiba.
“Por causa dos eventos esportivos é preciso que os policiais estejam mais preparados e melhores adaptados para lidar com estrangeiros. Isso vai contribuir para a melhoria da segurança pública”, disse o capitão. Segundo ele, os policiais recebem instruções de gramática e pronunciação, mas também sobre costumes das civilizações norte-americana e inglesa.
AÇÕES FUTURAS – O coronel Bondaruk lembra que, há um projeto de lei tramitando para que a Academia Policial Militar do Guatupê se torne instituição de ensino superior. “Teremos cursos de mestrado e doutorado, o que exige o domínio de idiomas”, destaca.
“Temos anseio de criar centros de línguas dentro da Polícia Militar, onde outros idiomas também sejam ensinados como matérias optativas. Até o momento, priorizamos o ensino de inglês e espanhol, pois consideramos os mais essenciais”, ressalta Bondaruk.
Para o capitão, o ensino de línguas estrangeiras na PM terá continuidade. “Esperamos que, em cada momento, os cadetes possam aprofundar melhor seu aprendizado na língua estrangeira e possam mostrar que estão preparados, como efetivamente representam os excelentes resultados da disciplina de língua inglesa até agora”, disse Agibert.