O painel “Energias renováveis para o desenvolvimento sustentável do Paraná”, realizado durante o 3º Encontro de Ciência e Tecnologia, em Maringá, debateu nesta quinta-feira (8) o cenário das energias alternativas no Paraná.
Participaram do painel mediado pela diretora científica da Fundação Araucária, Berenice Quinzani Jordão, o diretor-técnico do Tecpar, Bill Jorge Costa; o engenheiro Dario Jackson Schultz, da doordenação de energias renováveis da Copel e o professor do departamento de física da Universidade Federal do Paraná, Ivo Alexandre Hümmelgen.
Bill Costa falou sobre geração de energia a partir da biomassa, e se mostrou otimista com o potencial do Paraná em produzir biomassa para fins energéticos. De acordo com o diretor do Tecpar, a biomassa é uma boa alternativa ao uso de combustíveis fósseis porque tem entre suas vantagens o preço e a disponibilidade. Ele ressaltou que as reservas de petróleo estão se esgotando, e se concentram em regiões com problemas políticos, onde conflitos podem cortar o abastecimento de petróleo e causar instabilidade nos preços.
A diminuição dos impactos ambientais seria outra vantagem da biomassa em relação aos combustíveis fósseis, cuja queima contribui para o aquecimento global e poluição. Costa falou sobre o papel importante da agricultura na economia do Paraná, e sobre o incentivo do Estado às pesquisas com energias renováveis. “O nosso estado tem um potencial enorme para se tornar líder na geração de energia a partir da biomassa. Certamente nos próximos anos o Paraná vai gerar muitas soluções para esse tipo de energia”, afirmou Costa.
O engenheiro da Copel, Dario Jackson Schultz, destacou a energia eólica para o desenvolvimento sustentável no Paraná. Ele apresentou os resultados do Projeto Ventar, que levantou o potencial dos ventos para geração de energia no estado do Paraná. As medições foram feitas nos anos 90, e geraram o Mapa Eólico do Paraná, que identifica as áreas mais promissoras em recursos eólicos no estado. A partir desses dados, foi inaugurada, em 2000, a primeira central eólica do Sul do Brasil, no município de Palmas, centro-sul do Paraná.
O professor do Departamento de Física da UFPR, Ivo Alexandre Hümmelgen falou sobre a energia solar e os dispositivos fotovoltaicos. “A primeira grande vantagem da energia solar é que ela é uma forma barata e potente de energia”, explicou Hümmelgen. Além disso, essa é uma forma de energia que não gera lixo, não traz problemas ambientais e utiliza equipamentos portáteis.
O Paraná faz parte das regiões que recebem menor número de horas diárias de iluminação solar, apesar disso, o estado pode se beneficiar dessa forma limpa de energia. De acordo com o físico da UFPR, vários grupos de pesquisas em diversas instituições paranaenses estudam as tecnologias de geração de energia a partir da energia solar.
Energias renováveis é tema de painel do 3º Encontro de Ciência e Tecnologia
Evento em Maringá discutiu biomassa, energia eólica e energia solar com técnicos e professores da Copel, Tecpar, UFPR e Fundação Araucária.
Publicação
09/10/2009 - 14:40
09/10/2009 - 14:40
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