Terminou nesta quarta-feira (8), no ExpoUNimed, em Curitiba, o II Encontro Paranaense de DST/Aids com ênfase na prevenção. Organizado pela Secretaria estadual da Saúde, o evento reuniu aproximadamente 400 profissionais de Saúde de todas as Regionais de Saúde do Paraná.
“O foco do evento este ano foi a prevenção da doença. Um evento importante à medida que trouxe experiências de várias regiões do Estado e que podem ser levadas a locais onde é necessário uma atuação mais eficaz na conscientização das pessoas da necessidade do uso de preservativos”, enfatizou o chefe da divisão de controle DST/Aids, Francisco dos Santos. No ano passado, o evento deu enfoque ao diagnóstico e tratamento das doenças.
Nesses três dias de evento, as 12 palestras abordaram vários aspectos relacionados aos agravos. “São importantes parcerias como esta, entre a sociedade civil e o governo. Elevam as discussões sobre o tema, além de levarem a tona questões como a criminalização da doença. O sexo deve ser encarado de forma responsável”, afirma Sirlene Candido do Fórum ONG/Aids.
Para a coordenadora da divisão de Aids do município de Rebouças, Centro-Sul do Estado, Maria Pszedimirski, o evento trouxe também uma nova visão na abordagem as pessoas que são soropositivo. “Um encontro de grande valia que nos fez refletir sobre o quanto é importante uma abordagem correta das pessoas que são infectadas pelo vírus da Aids. Levo, sem dúvidas, para Rebouças pontos positivos que nos farão trabalhar com mais dedicação principalmente junto aos adolescentes que são o foco da campanha de combate a Aids desse ano”.
A responsável pelo setor de DSTs do município de Porto Rico, Simone de Góes Silva, parabenizou o Estado pela iniciativa. “Vi um grande avanço deste ano para o que tivemos em 2009. São de suma importância tais eventos porque contribuem para o debate público e levam questões que fazem parte do mundo de todos”, afirma.
Segundo ela, o evento se torna ainda mais fundamental pela questão de estar próximo do verão e do carnaval. “Faço parte de uma região de turismo intenso durante esta época do ano. Nesse período as pessoas estão mais soltas e propícias a manterem relações sexuais, o que torna necessário o trabalho de conscientização da população para a importância do uso de preservativos, mesmo que seja com parceiros fixos”.
Já a responsável pelo setor na Regional de Saúde de Pato Branco, Noris Ribeiro da Silva, o principal ponto de discussão do evento foi a criminalização da doença. “É um tema que causa polemica, mas que deve ser debatido exaustivamente. Até que ponto uma pessoa que é portadora do vírus e mantém relações sexuais com outra sem proteção pode ser criminalizada”, questiona ela. “Trouxemos 10 dos 12 municípios que fazem parte da nossa Regional de Saúde e com certeza levaremos casos interessantes principalmente quanto a abordagem de pacientes que foram infectados, mas que ainda tem preconceito em assumir essa condição”, comenta.
A representante da Pastoral da Aids de Paranaguá, Sueli Ferreira Dos Santos, acrescentou que o trabalho precisa começar com aqueles pacientes que são portadores da doença, mas que ainda não aceitam essa condição. “Na maioria das vezes o preconceito começa com o próprio paciente. Mostrar a ele que se pode levar uma vida saudável mesmo sendo soropositivo é um desafio que nós precisamos enfrentar e vencer. Acima disso, acredito que o preconceito da população com os portadores também precisa ser trabalhado no intuito de mostrar que portadores da doença não são monstros”.
Portadora de Aids há nove anos, Silmara Ribas, explica que mesmo tendo que tomar três diferentes remédios por dia durante o resto da sua vida é possível levar uma vida normal. “Procuro me alimentar bem e ter uma vida saudável. É lógico que sendo soropositivo precisamos ter alguns cuidados, mas o principal é que consigo fazer as mesmas coisas que fazia antes de descobrir a doença”, conta ela. Silmara foi infectada pelo vírus através de relação sexual sem proteção.
DADOS - Até novembro de 2010, foram notificados 24.578 casos de aids adultos e crianças desde 1984, ano em que o Paraná registrou o primeiro caso. As regionais de saúde com maior taxa de incidência até 2009 são Paranaguá, com 37,4 por 100 mil habitantes, Londrina com 16,1 por 100 mil habitantes e Maringá, com 15,9 com 100 mil habitantes. Na faixa etária acima de 13 anos, os registros mostram 8.399 (35,4%) para o sexo feminino, e 15.325 (64,6%) para o sexo masculino.
As faixas etárias entre 20 a 34 anos e entre 13 a 19 anos concentram 54% dos casos de Aids no Estado.“São idades em que as pessoas estão em plena atividade sexual e na faixa etária mais baixa muitos jovens estão iniciando sua vida sexual, o que requer um cuidado maior, principalmente quanto ao uso de camisinhas”, afirma Santos.
Análises epidemiológicas com relação à faixa etária de 13 a 19 anos demonstram que a razão por sexo no acumulado de 1984 a 2010 sugere que as meninas estão se contaminando com maior freqüência que os meninos. Isto significa a feminização da Aids.
“O foco do evento este ano foi a prevenção da doença. Um evento importante à medida que trouxe experiências de várias regiões do Estado e que podem ser levadas a locais onde é necessário uma atuação mais eficaz na conscientização das pessoas da necessidade do uso de preservativos”, enfatizou o chefe da divisão de controle DST/Aids, Francisco dos Santos. No ano passado, o evento deu enfoque ao diagnóstico e tratamento das doenças.
Nesses três dias de evento, as 12 palestras abordaram vários aspectos relacionados aos agravos. “São importantes parcerias como esta, entre a sociedade civil e o governo. Elevam as discussões sobre o tema, além de levarem a tona questões como a criminalização da doença. O sexo deve ser encarado de forma responsável”, afirma Sirlene Candido do Fórum ONG/Aids.
Para a coordenadora da divisão de Aids do município de Rebouças, Centro-Sul do Estado, Maria Pszedimirski, o evento trouxe também uma nova visão na abordagem as pessoas que são soropositivo. “Um encontro de grande valia que nos fez refletir sobre o quanto é importante uma abordagem correta das pessoas que são infectadas pelo vírus da Aids. Levo, sem dúvidas, para Rebouças pontos positivos que nos farão trabalhar com mais dedicação principalmente junto aos adolescentes que são o foco da campanha de combate a Aids desse ano”.
A responsável pelo setor de DSTs do município de Porto Rico, Simone de Góes Silva, parabenizou o Estado pela iniciativa. “Vi um grande avanço deste ano para o que tivemos em 2009. São de suma importância tais eventos porque contribuem para o debate público e levam questões que fazem parte do mundo de todos”, afirma.
Segundo ela, o evento se torna ainda mais fundamental pela questão de estar próximo do verão e do carnaval. “Faço parte de uma região de turismo intenso durante esta época do ano. Nesse período as pessoas estão mais soltas e propícias a manterem relações sexuais, o que torna necessário o trabalho de conscientização da população para a importância do uso de preservativos, mesmo que seja com parceiros fixos”.
Já a responsável pelo setor na Regional de Saúde de Pato Branco, Noris Ribeiro da Silva, o principal ponto de discussão do evento foi a criminalização da doença. “É um tema que causa polemica, mas que deve ser debatido exaustivamente. Até que ponto uma pessoa que é portadora do vírus e mantém relações sexuais com outra sem proteção pode ser criminalizada”, questiona ela. “Trouxemos 10 dos 12 municípios que fazem parte da nossa Regional de Saúde e com certeza levaremos casos interessantes principalmente quanto a abordagem de pacientes que foram infectados, mas que ainda tem preconceito em assumir essa condição”, comenta.
A representante da Pastoral da Aids de Paranaguá, Sueli Ferreira Dos Santos, acrescentou que o trabalho precisa começar com aqueles pacientes que são portadores da doença, mas que ainda não aceitam essa condição. “Na maioria das vezes o preconceito começa com o próprio paciente. Mostrar a ele que se pode levar uma vida saudável mesmo sendo soropositivo é um desafio que nós precisamos enfrentar e vencer. Acima disso, acredito que o preconceito da população com os portadores também precisa ser trabalhado no intuito de mostrar que portadores da doença não são monstros”.
Portadora de Aids há nove anos, Silmara Ribas, explica que mesmo tendo que tomar três diferentes remédios por dia durante o resto da sua vida é possível levar uma vida normal. “Procuro me alimentar bem e ter uma vida saudável. É lógico que sendo soropositivo precisamos ter alguns cuidados, mas o principal é que consigo fazer as mesmas coisas que fazia antes de descobrir a doença”, conta ela. Silmara foi infectada pelo vírus através de relação sexual sem proteção.
DADOS - Até novembro de 2010, foram notificados 24.578 casos de aids adultos e crianças desde 1984, ano em que o Paraná registrou o primeiro caso. As regionais de saúde com maior taxa de incidência até 2009 são Paranaguá, com 37,4 por 100 mil habitantes, Londrina com 16,1 por 100 mil habitantes e Maringá, com 15,9 com 100 mil habitantes. Na faixa etária acima de 13 anos, os registros mostram 8.399 (35,4%) para o sexo feminino, e 15.325 (64,6%) para o sexo masculino.
As faixas etárias entre 20 a 34 anos e entre 13 a 19 anos concentram 54% dos casos de Aids no Estado.“São idades em que as pessoas estão em plena atividade sexual e na faixa etária mais baixa muitos jovens estão iniciando sua vida sexual, o que requer um cuidado maior, principalmente quanto ao uso de camisinhas”, afirma Santos.
Análises epidemiológicas com relação à faixa etária de 13 a 19 anos demonstram que a razão por sexo no acumulado de 1984 a 2010 sugere que as meninas estão se contaminando com maior freqüência que os meninos. Isto significa a feminização da Aids.