O Paraná abrigará um dos maiores eventos ambientais o mundo. De 18 a 20 de novembro, o 7.° Encontro Ibero-Americano do Meio Ambiente (Eima), reunirá especialistas em desenvolvimento sustentável de 36 países da América Latina e Europa. O lançamento oficial foi, nesta quarta-feira (09), no Refúgio Ecológico da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, com a presença do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e do presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek.
O seminário tem o tema “Um novo modo de ser para a sustentabilidade”, e será realizado em paralelo ao 6.º Cultivando Água Boa, 1.º Encontro de Organismos de Bacias da América Latina e Caribe e do Encontro Anual de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata. Esta é a primeira vez que o encontro é feito no Brasil. Ele é realizado a cada dois anos em um país e em sua última edição, reuniu 12 mil participantes, em Madri, na Espanha.
De acordo com o representante do Conselho Espanhol do Meio Ambiente, Gustavo Paredes, o Governo do Paraná foi o principal responsável pela escolha da cidade de Foz do Iguaçu para realização do Encontro Ibero-Americano. “O Paraná mostra visão de futuro com suas ações e resultados na área ambiental. O secretário Rasca esteve pessoalmente em Madri para nos mostrar um resumo do trabalho e pensamos que a troca de experiência com a realização de um encontro como o Eima seria fundamental”, disse Paredes.
EXPERIÊNCIAS – A representante da Fundação Conama da Espanha, Marta Seoane, explicou que o Conselho Nacional do Meio Ambiente em seu país atua de maneira independente em busca de ações e experiências sustentáveis. “O Eima é responsável por várias ações ambientais de peso na Europa como o Observatório de Sustentabilidade, que se dedica a dar continuidade a todas as ações propostas depois do encontro.”
Entre os principais assuntos que farão parte do Encontro Ibero Americano estão política e administração ambiental, planejamento energético, ecologia urbana, planos de cooperação internacional, poluição atmosférica, abastecimento e contaminação de águas, educação ambiental, produção de energia, participação cidadã, cooperação hispano-americana e gestão sustentável das cidades.
Para o secretário Rasca Rodrigues a escolha do Paraná como sede do evento demonstra que a política ambiental do Estado está no caminho certo. “Não estamos fazendo mágica e sim envolvendo a sociedade e mostrando a importância da gestão compartilhada com os municípios para a proteção do nosso patrimônio natural. Cuidar do meio ambiente não pode ser responsabilidade de um só”, destacou Rasca. Segundo ele, os 76 mil novos hectares de florestas resultantes do Projeto Paraná Biodiversidade na região Oeste, foram recompostos graças à ajuda dos agricultores, da Itaipu e a boa vontade dos municípios.
RESULTADOS – Em novembro de 2008, durante o Fórum das Américas, também realizado em Foz do Iguaçu e que contou com a participação de representantes de 33 países da América Latina e Caribe, foi anunciado, pelo Governo do Paraná, a realização do 1.º Encontro de Organismos de Bacias da América Latina e Caribe em 2009. “Esse encontro foi uma excelente iniciativa do Governo do Paraná e que acontecerá de forma integrada com outras discussões importantes para o setor de recursos hídricos. Uma conquista do Paraná”, lembrou o diretor da Rede Latino Americana de Organismos e Bacias, Dalton Brochi. Durante o evento serão apresentadas experiências de organismos de bacias da América Latina e Caribe, sendo que uma destas experiências, em cada painel, será do Brasil e será indicada pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas.
ÁGUA – O presidente da Itaipu, Jorge Samek, disse que as cidades terão que ser repensadas, porque não deixaram espaço para a natureza. “As águas não conseguem seguir seu fluxo em São Paulo, por exemplo, com as fortes chuvas dos últimos dias, porque a natureza não tem mais espaço. O meio ambiente está fazendo o homem repensar muitas de suas ações e isso é uma grande evolução, assim como a contribuição da sociedade no cuidado com a qualidade da água do nosso lago de Itaipu”, enfatizou.
O programa atua em 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (BP3). Além da educação ambiental nos municípios abrangidos pelo Programa, a Itaipu realiza, o controle da erosão e o monitoramento climático na região de influência do reservatório por meio da coleta diária de dados e de uma rede de seis observatórios instalados ao longo do lago. Além disso, a Itaipu mantém laboratórios ecológicos na Estação de Aqüicultura, localizada na margem paraguaia. As atividades desenvolvidas pelos laboratórios incluem o estudo da qualidade da água no reservatório e seus afluentes; monitoramento da água nos tanques de piscicultura da Estação de Aqüicultura, acompanhamento dos estudos relacionados ao mexilhão dourado (larvas e adultos) e capacitação de estagiários em suas áreas de competência.
Também estiveram presentes na solenidade de lançamento do 7º Eima o representante da Agência Nacional de Águas, Mauri César Barbosa; o diretor da Rede Latino Americana de Organismos e Bacias, Dalto Brochi, e o diretor de Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich.
Encontro internacional de meio ambiente é lançado oficialmente em Foz do Iguaçu
Esta é a primeira vez que uma edição do encontro é realizada no Brasil
Publicação
10/09/2009 - 12:40
10/09/2009 - 12:40
Editoria