O mais novo integrante do processo de expansão da Ferroeste, ferrovia pública do Paraná, deputado Luis Carlos Heize (PP-RS), coordenador da bancada do Rio Grande do Sul, afirmou que a questão da integração ferroviária entre o MS e agora ao RS, passando pelo sudoeste do PR e oeste de SC é mais uma alternativa de transporte que poderá somar com o projeto atual e beneficiar não só os Estados envolvidos, mas o Brasil. “Vamos trabalhar junto com as bancadas dos Estados para que consigamos recursos para a elaboração desse projeto e a inclusão no orçamento de investimentos que possam viabilizar os estudos dessa obra”, concluiu Heize. Segundo o deputado, a bancada do Rio Grande do Sul quer que sejam feitos estudos para estender a ferrovia até o Norte do Rio Grande do Sul, a partir de sua construção até Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A manifestação do deputado gaúcho foi feita durante reunião na Câmara dos Deputados, entre a bancada federal de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, com o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, com o objetivo de organizar e planejar as novas ações a serem tomadas pelos parlamentares no processo de expansão da ferrovia. Segundo o deputado Assis do Couto (PT-PR), depois da grande mobilização realizada nos três estados envolvidos no projeto os trabalhos se voltam para a capital federal. Com a adesão de novos deputados federais como o gaúcho Luis Carlos Heize (PP-RS), dos senadores Flávio Arns (PT-PR), Delcídio Amaral (PT-MS), Ideli Salvatti (PT-SC) e Neuto de Conto (PMDB-SC) o movimento em prol da ferrovia mostra definitivamente a importância que o projeto representa para o país. De acordo com o senador Neuto de Conto a união dos parlamentares que estão alinhados e acreditando na possibilidade de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul se unirem por um ramal da Ferroeste “é fundamental para que consigamos mostrar ao governo federal a importância que esta integração ferroviária tem para o Brasil”. Conto disse que o primeiro passo foi dado, “a mobilização política está acontecendo, agora vamos ver a viabilidade econômica, e fica claro que ela existe”, afirmou. Segundo o deputado federal Claudio Antônio Vignatti (PT-SC), relator do PPA, a reunião em Brasília definiu quais serão as próximas medidas que a frente parlamentar deverá fazer no distrito federal. “Ficou combinado que os coordenadores das bancadas de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e agora, através do deputado Heize, o Rio Grande do Sul irão criar emendas na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias como o projeto executivo desta obra, gostaria que já no ano que vem esteja no PPA - Plano Plurianual e no PAC também”, disse Vignatti. O deputado afirmou que no mês de julho os coordenadores das bancadas dos quatro estados, incluindo agora o Rio Grande do Sul, irão realizar as primeiras audiências com os ministérios dos Transportes, Planejamento e com a ministra Dilma Rousseff. A inclusão do RS no projeto segundo Vignatti vem de encontro com as necessidades daquele estado e pela ligação que tem com o oeste catarinense e sudoeste do Paraná. “Não existe apenas uma relação comercial e política entre os estados, mas sim uma ligação de jeito, de postura, já que essas regiões também foram colonizadas por gaúchos”. O deputado lembrou que o RS tem grande interesse na integração dos estados, “o RS também tem um setor muito forte e produtivo, semelhante a essas regiões e o mais importante, se completam”. O senador Flávio Arns disse que achou a iniciativa idealizada pelo presidente da Ferroeste muito interessante e importante para o sistema de logística do país. Para Arns o projeto ganhou legitimidade através da grande mobilização realizada pela frente parlamentar e pela própria Ferroeste. “Esse processo todo vai representar para o Paraná um grande desenvolvimento econômico e social, a integração com outros estados será muito importante, eu sou um aliado nesse projeto que só será possível com uma articulação política forte de todos os envolvidos, só assim poderemos mostrar a importância do projeto ao governo federal”, afirmou Arns. De acordo com o deputado federal líder da bancada catarinense, José Carlos Vieira (DEM), o projeto da Ferroeste vem somar com a decisão do governador Luiz Henrique de melhorar a malha ferroviária do estado. “Com certeza gostaríamos de ter nossos portos interligados através da Ferroeste, para nós é importante este ramal com o Paraná e o Mato Grosso do Sul pela grande representatividade que essas regiões têm para o país”. Vieira ressaltou o trabalho realizado pelo presidente da Ferroeste, Samuel Gomes. “A mobilização liderada pelo presidente realmente é um grande trabalho, não só para a empresa paranaense, mas para todo o Brasil. Nós reconhecemos que quando há uma grande empresa envolvida o setor público acaba ganhando, portanto esse trabalho que vem sendo feito pelo presidente da Ferroeste é reconhecido pela bancada como um projeto de grande relevância pública. Vamos continuar lutando em conjunto”, elogiou Vieira. Segundo o deputado estadual do PT de Santa Catarina, Pedro Uczai e ex-prefeito de Chapecó, a participação de novos deputados e senadores no projeto de expansão da ferrovia vem somar com o sonho de muitos anos, “para pensar no futuro dessas regiões precisamos pensar em ferrovias, essa é uma questão clara”, disse Uczai. Para o deputado o resultado da mobilização em torno da ferrovia foi extremamente positiva, “estou muito feliz de ter proposto essa frente parlamentar que hoje esta junto com os governadores e com a Ferroeste alavancando essa grande luta e a agregação de mais senadores, mais deputados, então vamos em busca desse sonho que é a integração ferroviária”. Para o presidente Samuel Gomes, a reunião de trabalho no Congresso Nacional foi produtiva. “Ficou claro que o dispositivo parlamentar com que a Ferroeste conta está disposta ao trabalho. O apoio não é feito apenas de discursos, mas de ações concretas. A decisão das quatro bancadas federais dos Estados do Sul de agirem em conjunto perante o governo federal e o BNDES nos dá a convicção de que a Ferrroeste caminha de modo irreversível para concretizar o seu projeto de expansão”, diz.