Começou nesta quinta-feira (13), em Curitiba, o 3º Encontro Estadual de Economia Solidária, que durantes dois dias terá palestras e debates sobre os desafios e avanços do programa no Paraná. A abertura do evento contou com a presença dos secretários do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, e da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, além do coordenador geral de fomento da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Jorge Nascimento.
Todas as 250 vagas ofertadas para o encontro foram preenchidas, de forma proporcional, ficando 60% para os empreendimentos, 20% para entidades de apoio e 20% para governos. A organização é da
Secretaria do Trabalho, juntamente com o Ministério do Trabalho e Emprego, em parceria com o Conselho Estadual do Trabalho e o Fórum Paranaense de Economia Solidária.
Segundo Garcia, os grupos de trabalho formados no encontro devem contribuir para a elaboração de políticas públicas e ações concretas na divulgação e fortalecimento do programa paranaense. Ele disse que em todo o Estado estão mapeados 808 projetos voltados para os princípios da produção solidária, com mais de 50 mil trabalhadores envolvidos. “É uma alternativa ao desemprego, uma forma de resgate e de defesa social. O objetivo do Governo do Paraná e do Governo Federal é ampliar o programa, através do apoio às iniciativas empreendedoras, e consolidar a Economia Solidária como ferramenta transformadora da sociedade”, afirmou.
De acordo com o secretário Bianchini, fortalecer o associativismo e o cooperativismo é um compromisso do governador Roberto Requião, que envolve todos os setores do Governo neste objetivo. “A Emater, que apóia à agricultura familiar, o microcrédito oferecido pelo Banco Social, a qualificação profissional e os Arranjos Produtivos Locais, são exemplos de ações multisetoriais que contribuem para a valorização do trabalho”, citou.
RELATOS - As peças produzidas a partir de escamas de peixes marinhos foram trazidas pela Copescarte, empreendimento solidário que reúne 21 mulheres na cidade de Antonina. As experiências de dois anos de funcionamento foram relatadas pela idealizadora do projeto, Nelsi Silva.
“A matéria-prima vem das sobras dos mercados municipais de Paranaguá e Antonina e nós transformamos em roupas, sapatos, bolsas, colares, brincos e peças de decoração. Usamos couro de salmão, robalo, miraguaia, pescada amarela e muitos outros”, conta ela. “Hoje temos nosso curtume e comercializamos os produtos no litoral. Eles são socialmente justos, ecologicamente corretos e economicamente viáveis”, completa.
De Mandirituba vieram as bolsas de lona para malote produzidas pela Coopermandi, que reúne grupos populares de artesãos e pequenos agricultores. De Curitiba veio a experiência da Cooperbotões, que surgiu em 2004 depois que os empregados ocuparam a fábrica em que trabalhavam e, baseados nos princípios de administração solidária, reergueram a empresa falida.
“Atualmente somos em 50 cooperados e 80 contratados e prestadores de serviços. Já somamos um crescimento de 80% em 2008 e tenho certeza que cresceremos ainda mais, pois passamos à investir em qualificação profissional e formação pessoal “, revelou Júlia Abreu Gonçalves, presidente da empresa.
Encontro Estadual de Economia Solidária reúne 250 participantes
A abertura contou com as presenças dos secretários do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, e da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, além do coordenador-geral de Fomento da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Jorge Nascimento
Publicação
13/11/2008 - 16:20
13/11/2008 - 16:20
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