O segmento de administração e concessão de rodovias registrou a maior rentabilidade do país em 2007. A informação faz parte de um estudo elaborado pela agência classificadora de risco de crédito Austin Rating e foi divulgado na coluna Mercado Aberto na edição de domingo (09) do jornal Folha de São Paulo.
Com uma rentabilidade de 33,9%, as concessionárias de pedágio ficaram à frente de setores historicamente fortes da economia brasileira como o financeiro, o de telecomunicações, a siderurgia e o segmento de bebidas e fumo.
Ainda de acordo com a análise da agência, a alta rentabilidade do setor foi causada entre alguns fatores pelo alto preço do quilômetro rodado no país - um dos maiores do mundo - e pela ausência de grandes investimentos justificados pelo fato das rodovias privatizadas estarem em condições relativamente razoáveis de uso.
A rentabilidade foi calculada a partir da relação entre lucro líquido e patrimônio líquido. Foram avaliados pela Austin Rating os desempenhos de 672 empresas de capital aberto em 28 diferentes setores da economia.
PARANÁ - Na avaliação do secretário dos Transportes, Rogério W. Tizzot, as seis concessionárias do Paraná contribuíram de forma expressiva para esse resultado. “Cálculos baseados nos balanços das concessionárias mostraram que os ganhos que elas estão tendo é superior aquele previsto nos contratos. Estamos na Justiça cobrando que este ganho seja revertido ao usuário em abatimento das tarifas”, afirmou.
Somente em 2007, as concessionárias que administram 2,5 mil quilômetros de rodovias no Estado arrecadaram R$ 834 milhões apenas com tarifas cobradas nas praças de pedágio.
“Além de continuar as demandas judiciais para reduzir as tarifas, o DER está realizando a revisão total dos contratos com base nos conceitos do recente leilão realizado pelo Governo Federal que resultou em tarifas muito menores do que as praticadas no Paraná”, acrescentou Tizzot.
LUCROS - Os dados que comprovam que as empresas estão ganhando mais do que os contratos previam foram apresentados, no final do ano passado, à Comissão Especial de Investigação do Pedágio (CEI), da Assembléia Legislativa.
Em seu depoimento à Comissão, Tizzot citou o caso da empresa Viapar - que administra rodovias na região Noroeste e Oeste. A concessionária tinha previsão de iniciar a distribuição dos lucros para os seus acionistas no oitavo ano de concessão (2005). Contudo, esse processo foi iniciado já no terceiro ano (2000).
Já a Ecovia, que possui a concessão das rodovias no litoral do Estado, deveria começar a lucrar em 2006, mas isso já ocorre desde 2003. “A Ecovia, por exemplo, distribuiu R$ 50 milhões em lucro aos seus acionistas em 2006”, afirmou Tizzot quando esteve na CEI.
Empresas de pedágio têm a maior rentabilidade do País
A informação faz parte de um estudo elaborado pela agência classificadora de risco de crédito Austin Rating
Publicação
11/03/2008 - 15:20
11/03/2008 - 15:20
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