Empresário fala da experiência com políticas de combate à crise


O presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Pedro Joanir Zonta, participou da primeira mesa de debates do seminário “Crise – Desafios e Estratégias”, nesta sexta-feira (5)
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05/06/2009 - 17:30
Editoria
O presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Pedro Joanir Zonta, relatou a experiência do setor com a aplicação de políticas públicas de combate à crise mundial. Ele participou da primeira mesa de debates do seminário “Crise – Desafios e Estratégias”, nesta sexta-feira (5), em Curitiba. Segundo Zonta, medidas como a reforma tributária para produtos de consumo popular, adotada pelo Governo do Paraná, fizeram crescer em 12% as venda de alimentos e materiais de higiene. No caso dos eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa, que tiveram diminuídos o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o aumento no consumo chegou a 50%, disse. “A minirreforma paranaense está surtindo efeito e os empresários supermercadistas podem atestar os bons resultados. Havia certo temor que os descontos não seriam repassados aos consumidores, mas a concorrência é grande e os preços caíram em todos os estabelecimentos”, destacou ele. “Os maiores beneficiados foram as classes C, D e E, que têm sofrido com aumento nos alimentos. No último ano, os valores tiveram alta de mais de 157%.”, afirmou. SALÁRIO - Zonta, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), falou ainda da importância do aumento nos salários. De acordo com ele, com mais dinheiro os consumidores gastaram mais e mantiveram o ciclo virtuoso da economia, mesmo com a turbulência financeira. “No país, o acréscimo de 12% no valor do salário mínimo injetou cerca de R$ 23 bilhões na economia nacional. No Paraná, a alta de 14,9% no piso regional fez com que mais R$ 75,4 milhões circulassem no comércio”. EMPREGOS - O palestrante lembrou que a manutenção dos empregos formais e a geração de novos postos de trabalho, com carteira assinada, foram essenciais para que o Estado enfrentasse a crise de maneira mais eficaz que o restante do Brasil. “Com salário garantido o paranaense não tem medo de comprar. Vale ressaltar que, somente no setor de supermercados, são 57.574 empregos diretos”. Em 2008, os 2.771 supermercados do Paraná registraram receita de R$ 10,4 bilhões e tiveram o melhor resultado dos últimos 10 anos, com alta de 2,12% nos lucros. Apesar da presença de três grandes empresas multinacionais, foram as oito redes regionais que apresentaram os melhores números.

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