Duas empresas paranaenses foram autorizadas a aplicar suas novas tecnologias na África do Sul. É o sistema APVis, de gerenciamento e armazenamento das informações geradas pelo OBC, e o Computador de Bordo das locomotivas, que utiliza conceitos da Tecnologia da Informação, permitindo diferentes tipos de análises e controle das mesmas.
A Calvo’s Development desenvolve o APVis, software voltado a empresas de transporte ferroviário, que determina com precisão a forma de operação e condução de trens. Proporciona a otimização do processo, estabelecendo as melhores práticas e auxilia na investigação de causas de acidentes.
Até hoje esse controle era feito por uma série de relatórios e a proposta da empresa é a instalação de painéis dentro do próprio trem. Atuando já em são Paulo com a ALL, em alguns pontos, a Calvo’s vem melhorando processo empresa ferroviária, permitindo melhor controle de consumo combustível, tempo de transporte, manutenção e todo um pacote de informações daquela unidade de composição ferroviária.
Para poder desenvolver o projeto na incubadora do Tecpar, contou com a parceria de outra empresa já graduada em 1998 pela Intec – a Daiken, que desenvolveu e pôs no mercado o painel digital de chamadas por senha.
Recentemente Robson Calvo, o presidente da Calvo’s, e uma equipe da Daiken, estiveram na África do Sul, onde a All Tech, empresa responsável pela comercialização do APVis, fechou negócio com a Ferrovia Spoornet, a maior do continente africano.
Foram instalar e dar assistência para que o sistema pudesse ser utilizado. Inicialmente, será utilizado em 30 locomotivas, mas a previsão é de que no final de 2008 cerca de 3 mil locomotivas já estejam com o sistema.
Robson diz que agora o objetivo principal da Calvo’s é exportar o software para outros países que inclusive já está sendo utilizado pela ALL Logística há três anos e pela ALL Argentina há dois anos. As negociações também tiveram incentivo essencial do Programa de Apoio Tecnológico à Exportação – Progex, que presta assistência às micro e pequenas empresas que queiram se tornar exportadoras ou até mesmo àquelas que já exportam.
A incubadora - Pioneiro ao inaugurar em 1989 a primeira incubadora tecnológica do Paraná, o Tecpar – órgão vinculado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – incentiva novos empreendimentos como forma de contribuir para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Estado.
Na Intec, tanto empresas novas como já estruturadas encontram um ambiente apropriado para a realização de seus projetos, pois a incubadora contribui com tecnologias de processo, produto e gestão para a transformação de idéias inovadoras em empreendimentos bem-sucedidos.
Os novos empreendedores recebem orientação empresarial e jurídica, apoio operacional, serviços de informação tecnológica, consultoria técnica e treinamentos disponibilizados pelo Tecpar e instituições parceiras.
Até 2005 a Intec já graduou 26 empresas, que lançaram mais de 140 novos produtos no mercado e geraram 430 empregos diretos e 1720 indiretos. Somente no ano anterior as empresas residentes já lançaram 19 novos produtos no mercado e faturaram aproximadamente R$ 757 mil.
Empresa incubada no Paraná leva tecnologia a outros países
Uma das tecnologias é de gerenciamento e armazenamento de informações e a outra de computador de bordo das locomotivas, que utiliza conceitos da tecnologia da informação
Publicação
04/05/2006 - 14:45
04/05/2006 - 14:45
Editoria