Empenho para fortalecer Mercosul é prioridade para presidentes do bloco

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, assumiu a presidência “pro tempore” do bloco, antes presidido pelo Brasil
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17/12/2010 - 15:20
Editoria

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Os países do Mercosul têm que fortalecer a união para solucionar os problemas sociais e consolidar o bloco econômico. Na reunião desta sexta-feira (17), da 40.ª Cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, assumiu a presidência “pro tempore” do bloco, antes presidido pelo Brasil. “Os países, estados e municípios do Mercosul estão mais integrados. Isso resultará no avanço do desenvolvimento sustentável da América Latina”, afirmou o governador Orlando Pessuti, que participou do encontro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a taxa de desemprego do Brasil, em novembro, de 5,7%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para exemplificar a realidade dos países da região. “Há dez anos imaginávamos que isso só aconteceria na Austrália, nos Estados Unidos. É uma conquista extraordinária da América Latina”, avaliou. Lula afirmou que graças a ousadia de Argentina e Brasil, o bloco atingiu níveis relevantes de relacionamento político e comercial.
Lugo destacou que pretende seguir as diretrizes já estabelecidas quando o presidente Lula ocupava o cargo. “Vamos levar adiante os planos estipulados para a área social”, comprometeu-se Lugo. Ele disse ainda que durante 20 anos o Mercosul foi essencialmente econômico, entretanto, o caminho de integração não deve ter limites, sobretudo, nas questões social e cultural. O presidente Lula sugeriu que os presidentes do Mercosul concentre esforços para que outros nações como Peru, Bolívia, Suriname e as Guianas integrem o bloco.
CARTA – O governador Orlando Pessuti entregou para os presidentes do bloco a Carta de Foz de Iguaçu, documento resultante da VIII Reunião Plenária de Governadores e Prefeitos do Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do Mercosul (FCCR) e que exemplifica o entendimento dos governadores e prefeitos das cidades integrantes do mercosul.
A 40.ª Cúpula de Presidentes do Mercosul foi o último compromisso internacional do presidente Lula, que passa a faixa presidência no dia 1.º de janeiro a Dilma Rousseff. Lula disse que sai da presidência do Mercosul satisfeito e da presidência do Brasil realizado. Quando questionado sobre o futuro político, não confirmou nenhuma ocupação, seja no Mercosul ou na Organizações das Nações Unidas (ONU). “Isso não se reivindica, pede ou articula”, comentou o presidente. Para Lula, a ONU deve ser dirigida por técnicos capacitados e não por políticos. “Eu não preciso de cargo, preciso de motivação”, afirmou o presidente.
Lula confessou que vai continuar fazendo política onde for necessário e que tem o intuito de levar as experiências bem-sucedidas do Brasil para adaptá-las a países africanos.
Além dos países membro do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) participaram da 40.ª Cúpula de Presidentes do Mercosul Bolívia, Venezuela, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname. Como convidados e observadores estavam presentes representantes da Jordânia, Síria, Palestina, Austrália, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Malásia, Zimbábue, Nigéria, Argélia, Marrocos, Egito, México, Cuba, Índia, Irã, Paquistão e Sri Lanka.

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