O Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador mundial de palmito. No entanto, a produção ainda é baseada na exploração de espécies nativas como o juçara e o açaí. O extrativismo sem controle, aliado à destruição da Mata Atlântica, levou à quase extinção do palmito-juçara em meados do século XX. Nas últimas décadas, uma série de restrições legais e econômicas tem colaborado para a preservação do palmito juçara. Além disso, a expansão dos cultivos de palmáceas como a pupunheira, natural da floresta Amazônica, e a palmeira real, da Austrália, também está ajudando a inibir a extração das palmeiras nativas. O assunto vai ser tema de um curso dirigido a técnicos, nos dias 27 e 28 deste mês, em Paranaguá. A Embrapa Florestas e o Instituto Emater são parceiros num projeto integrado, juntamente com a Universidade Estadual de Maringá, Instituto Agronômico do Paraná e Universidade Estadual de Ponta Grossa que visa repassar informações da pesquisa para os técnicos. De acordo com Cirino Correa Junior, do instituto Emater, a intenção é tornar possível a produção de palmito no sul do Brasil. O curso é dirigido a técnicos da assistência técnica e extensão rural oficial, da iniciativa privada, pesquisadores, estudantes de Agronomia e de Engenharia Florestal. O curso será realizado na Faculdade Isulpar, em Paranaguá. Entre os assuntos que serão debatidos estão o agronegócio do palmito no Paraná e no Brasil; o zoneamento da pupunha no Paraná; a produção em áreas com restrições hídricas; o manejo de pragas e de doenças. No dia 28, os participantes do curso fazem uma visita a viveiros e unidades de produção, ainda vão conhecer boas práticas para a colheita e normas de segurança alimentar no manejo do palmito. O curso termina com a visita a uma unidade de processamento, em Morretes. As inscrições para o curso poderão ser feitas pela internet no endereço plamed@emater.pr.gov.br ou na própria Faculdade Isulpar, na rua João Eugênio esquina com a avenida Cel. José Lobo, em Paranaguá.