Emater apresenta secador para desidratar plantas no Show Rural

O termossifão tem como principio a geração de calor indireta, utilizando a matriz energética do GLP
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09/02/2010 - 10:00
Editoria
O problema de secar plantas medicinais, aromáticas e condimentares e ao mesmo tempo avançar para outros tipos de produtos como frutas e hortaliças está em vias de ser sanado com a mais nova tecnologia: o Termossifão, apresentado nesta 22ª edição do Show Rural, em Cascavel, no espaço do Emater. Este equipamento tem como principio a geração de calor indireta, utilizando a matriz energética do GLP. O protótipo instalado no Show Rural tem capacidade de processar por secagem a média de 60 quilos de folhas, flores, frutos, consumindo meio quilograma de gás liquifeito de petróleo. “Para os padrões de mercado é um equipamento de baixo consumo e grande performance, secando mais rapidamente e garantindo a qualidade exigida”, assegura o engenheiro mecânico Willen Alvise, da Supergasbrás. A iniciativa de trazer este equipamento para o evento decorre das necessidades de atender o segmento dos agricultores familiares que atuam no mercado de fornecimento de produtos secados naturais, sem a perda da qualidade, e que seja viável economicamente na pequena propriedade. Cobre assim também a demanda de produtos de melhor processamento e que tenha qualidade exigida pelo consumidor urbano. “Queríamos um equipamento de custo acessível, com a remuneração da própria atividade. O projeto contempla equipamentos de diversas quantidades, mas tem como ponto de partida o módulo mínimo de R$ 20 mil, que atende uma área de produção de 3 a 5 hectares, dependendo do tipo de planta a ser secada”, destaca o engenheiro agrônomo Cirino Correa Junior, doutor em horticultura e responsável pelo Projeto de Plantas Potenciais do instituto Emater. Na demonstração que está sendo realizada durante o Show Rural, os dois especialistas revezam o atendimento ao público, destacando que o protótipo é a reprodução reduzida do equipamento real, com todas as funções exigidas para obtenção do produto qualificado. Na fabricação deste sistema está a empresa blumenauense Maqpol, detentora da patente do sistema de troca térmica. Esta tecnologia, segundo o zootecnista Carlos Roberto Strapasson, gerente regional do Emater e coordenador geral do espaço da extensão rural oficial no evento, “mostra mais uma alternativa para unir os agricultores familiares que buscam empreender em conjunto, seja em forma de associação ou cooperativa, e assim participar com melhores condições na oferta de produtos do campo.” Lembra também que a visita na área do Emater, além do Termossifão, tem mais de 60 atrativos de alternativas de renda e ocupação da família no campo, inclusive de um amplo Armazém dos Municípios, com a participação de 31 expositores. Estande da Ceasa - A Ceasa do Paraná, vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que atua na comercialização de produtos, principalmente de hortigranjeiros, montou um estande ao lado da Emater, mostrando ao agricultor as vantagens de uma comercialização direta. As unidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel contam atualmente com 6.077 produtores atuantes, principalmente da agricultura familiar, que ofertam diretamente sobre veículos, em locais cobertos, conhecidos como pedras. Conta com 724 empresas atacadistas, posicionando-se como a quarta central de abastecimento do país, com uma comercialização superior a um milhão de toneladas de produtos por ano. Antonio Comparsi de Mello, presidente da empresa, explica que os mercados de produtores são instrumentos para o desenvolvimento da produção regional. São espaços reservados exclusivamente para produtores paranaenses, visando o fortalecimento da horticultura estadual. Os interessados, que se enquadram nas especificações, encontrarão todas as informações necessárias para o cadastramento no estande montado no Show Rural.

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