Eletricistas homenageiam Ravedutti

O porta-voz do grupo, Valter Teodorico, elogiou o perfil de humildade e envolvimento que Ravedutti tinha com os funcionários
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25/11/2010 - 16:29
Editoria
Quarenta eletricistas chegaram em Curitiba, na noite desta quarta-feira (24), e desembarcaram de um ônibus, em frente ao Palácio das Araucárias, para acompanhar o velório do presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Ronald Ravedutti. Ele morreu na manhã de quarta, em um acidente de carro na Região Metropolitana de Curitiba.
Os eletricistas estiveram junto com Ravedutti em São Paulo, para o Rodeio Nacional de Eletricistas, que transforma em provas esportivas atividades diárias como manejo e manutenção de redes elétricas. O presidente da estatal paranaense participou do evento, em cima de um poste, para simular um resgate. A Copel conquistou o primeiro e o segundo lugares na competição. 
Os eletricistas estavam trajando o uniforme da Copel e entraram juntos no auditório Mario Lobo, local em que foi velado o corpo de Ravedutti. Todos se posicionaram de mãos dadas ao lado do caixão e um porta-voz do grupo discursou. Em seguida, tocaram juntos no corpo e pronunciaram em coro o nome completo de Ravedutti erguendo as mãos para o alto e batendo palmas sem seguida. Foi um momento de comoção para todos que estavam no auditório.
O porta-voz do grupo, Valter Teodorico, que eletrotécnico, elogiou o perfil de humildade e envolvimento que Ravedutti tinha com os funcionários.
“Em 30 anos de Copel eu nunca havia entrado na sala da presidência, não tinha sequer pisado no andar da diretoria. Ravedutti nos chamou lá para conversar e demonstrou interesse em participar de algumas atividades conosco. Ele era simples, gostava de música sertaneja, de bater papo, tocar viola. A forma como ele tratou a todos durante o rodeio foi fantástica”, contou Teodorico.
O também eletrotécnico da Copel José Marcos Kloster afirmou que Ravedutti foi o maior defensor das causas pleiteadas pelos eletricistas. “Até então eu nunca tinha visto um diretor da Copel vestir o uniforme dos eletricistas. Ele tinha paixão pelo trabalho dos técnicos. Tudo que precisamos de melhorias para os eletricistas foi conquistado pela ajuda dele. Ele foi nosso principal defensor até hoje na Copel”, comentou Kloster.