A educação foi a área que mais avançou no Paraná de 2002 para 2008, de acordo com o Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), divulgado nesta quinta-feira (21). O índice foi desenvolvido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e mede o desempenho de gestão e ações públicas sobre os 399 municípios paranaenses, considerando três eixos principais: trabalho e renda, saúde e educação.
O desempenho municipal varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o nível de desempenho do município. O índice é classificado em quatro grupos: baixo (com nota de 0,1 a 0,4), médio baixo (0,41 a 0,6), médio (0,61 a 0,8) e alto (0,81 a 1).
Das três dimensões, saúde se destaca por apresentar o melhor desempenho em todo o período, mas é a área da educação foi a que mais contribuiu para o incremento da média municipal. A média municipal da educação evoluiu da nota 0,589, em 2002 para 0,717 em 2008, ou seja, passou do nível médio baixo para médio alto.
Considerando-se a média dos índices municipais, percebe-se que entre 2002 e 2008 esta passou de 0,567 para 0,661, um incremento de 0,094 ponto em seis anos. Esta variação é superior à observada para a média municipal do IDHM – feito pela Organização das Nações Unidas - no período 1991-2000 (0,081 ponto em 9 anos).
De acordo com o pesquisador do Ipardes, Paulo Delgado, esse aumento no índice geral mostra que foi nesta década que se acentuou o processo de melhoria da condição socioeconômica dos municípios paranaenses.
A maior parte, 203 municípios do Paraná, avançou de nível entre 2002 e 2008. Em 2008, 320 municípios ou 75% do total situam-se na faixa de médio desenvolvimento, apenas Doutor Ulysses encontrava-se na condição de baixo desempenho. Curitiba, Londrina, Maringá, Douradina, Floraí, Palotina, Lobato e São Manoel do Paraná situavam-se no grupo de alto desempenho.
SAÚDE - Três variáveis são usadas na construção desse índice: número de consultas pré-natais; óbitos infantis por causas evitáveis, e óbitos por causas mal-definidas.
A ampliação do atendimento às gestantes foi a principal responsável pelo avanço na saúde, com o Paraná apresentando, no período, taxa de atendimento superior à da Região Sul e do Brasil. Em 2008, para 78,2% dos nascidos vivos atingiu-se a meta de mais de 6 consultas pré-natais. Melhorou também o indicador de mortalidade infantil por causas evitáveis (1,2%, em 2008) e manteve-se praticamente estável o de óbitos por causas mal-definidas (4,9%, em 2008).
EDUCAÇÃO – Nessa área são considerados: taxa de matrícula na educação infantil; taxa de abandono escolar (1ª a 4ª; 5ª a 8ª e médio); taxa de distorção idade-série (1ª a 4ª; 5ª a 8ª e médio); percentual de docentes com ensino superior (1ª a 4ª; 5ª a 8ª, médio); resultado do IDEB (1ª a 4ª e 5ª a 8ª).
Apesar do crescimento contínuo no número de matrículas na educação infantil, o Paraná, bem como os demais Estados brasileiros, apresentam maior déficit em termos de universalização da escolaridade. Segundo dados da PNAD, em 2008 a taxa de frequência escolar das crianças de 0 a 5 anos de idade no Paraná, Região Sul e Brasil situava-se próximo de 37,6%.
As taxas de abandono escolar diminuíram, tanto no ensino fundamental como no nível médio; porém, no ensino médio ainda há o que se avançar: em 2008 ataxa situava-se em 10,3%.
Em relação à taxa de distorção idade-série, observa-se certa estabilidade no ensino fundamental e pequena melhoria no ensino médio; este é um problema que se mostra de modo mais intenso nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª) e no ensino médio, etapas nas quais, em 2008, as taxas eram superiores a 20%.
A presença de professores com nível superior é próxima de 100% nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª) e no ensino médio. Nas séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª) houve, entre 2000 e 2008, um aumento de quase 31 pontos percentuais nesta taxa, mas ainda assim cerca de 20% dos professores não possuíam formação de nível superior.
Quanto ao desempenho no IDEB, Paraná e Distrito Federal possuíam, em 2007, as maiores médias (5,0) relativas às séries iniciais do ensino fundamental; para as séries finais do ensino fundamental, o Paraná apresentava a terceira melhor média (4,2), com São Paulo e Santa Catarina ocupando as primeiras posições, nos dois casos com média 4,3.
O desempenho no ensino médio não é considerado no índice, pois não há informação para os municípios, mas, em 2007, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina compartilhavam o melhor desempenho entre as unidades da Federação, com média 4,0.
EMPREGO E RENDA - Sete variáveis são utilizadas: relacionadas ao salário médio, ao emprego formal e à renda da agropecuária.
No Paraná, entre 2001 e 2008, foram gerados 782,3 mil postos de trabalho, crescimento de 45,4%. Esse resultado acompanhou a média nacional e foi superior ao da Região Sul, de 40%. Em termos de volume do emprego gerado, o desempenho paranaense só foi inferior ao verificado em São Paulo (3,5 milhões) e Minas Gerais (1,3 milhão).
O aumento no valor real do salário médio no período 2001/2008 foi de 14,7% no Paraná; 10,7% na Região Sul; e 8,5% no Brasil. Mesmo que modesto, a conjugação do aumento real do salário e a acentuada expansão do número de empregos propiciou um incremento na massa de salários do setor formal, no Paraná, da ordem de 67%.
A renda da agropecuária foi bastante afetada nos anos de 2005 e 2006, principalmente devido à queda nas safras de grãos, sendo que a recuperação só se efetivou no ano de 2008.
Das três dimensões – Saúde, Educação e Emprego e Renda – esta última é a que apresenta o maior nível de desigualdade entre os municípios do Estado. Mesmo com o expressivo aumento do emprego no interior do Estado, este se concentrou nas principais aglomerações urbanas e no seu entorno, contribuindo para a manutenção do nível de desigualdade. 100 municípios polarizam 90% do emprego formal do Paraná.
Mais detalhes e o ranking dos 399 municípios estão disponíveis no site www.ipardes.gov.br.
Em anexo número de municípios segundo nível do IPDM
O desempenho municipal varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o nível de desempenho do município. O índice é classificado em quatro grupos: baixo (com nota de 0,1 a 0,4), médio baixo (0,41 a 0,6), médio (0,61 a 0,8) e alto (0,81 a 1).
Das três dimensões, saúde se destaca por apresentar o melhor desempenho em todo o período, mas é a área da educação foi a que mais contribuiu para o incremento da média municipal. A média municipal da educação evoluiu da nota 0,589, em 2002 para 0,717 em 2008, ou seja, passou do nível médio baixo para médio alto.
Considerando-se a média dos índices municipais, percebe-se que entre 2002 e 2008 esta passou de 0,567 para 0,661, um incremento de 0,094 ponto em seis anos. Esta variação é superior à observada para a média municipal do IDHM – feito pela Organização das Nações Unidas - no período 1991-2000 (0,081 ponto em 9 anos).
De acordo com o pesquisador do Ipardes, Paulo Delgado, esse aumento no índice geral mostra que foi nesta década que se acentuou o processo de melhoria da condição socioeconômica dos municípios paranaenses.
A maior parte, 203 municípios do Paraná, avançou de nível entre 2002 e 2008. Em 2008, 320 municípios ou 75% do total situam-se na faixa de médio desenvolvimento, apenas Doutor Ulysses encontrava-se na condição de baixo desempenho. Curitiba, Londrina, Maringá, Douradina, Floraí, Palotina, Lobato e São Manoel do Paraná situavam-se no grupo de alto desempenho.
SAÚDE - Três variáveis são usadas na construção desse índice: número de consultas pré-natais; óbitos infantis por causas evitáveis, e óbitos por causas mal-definidas.
A ampliação do atendimento às gestantes foi a principal responsável pelo avanço na saúde, com o Paraná apresentando, no período, taxa de atendimento superior à da Região Sul e do Brasil. Em 2008, para 78,2% dos nascidos vivos atingiu-se a meta de mais de 6 consultas pré-natais. Melhorou também o indicador de mortalidade infantil por causas evitáveis (1,2%, em 2008) e manteve-se praticamente estável o de óbitos por causas mal-definidas (4,9%, em 2008).
EDUCAÇÃO – Nessa área são considerados: taxa de matrícula na educação infantil; taxa de abandono escolar (1ª a 4ª; 5ª a 8ª e médio); taxa de distorção idade-série (1ª a 4ª; 5ª a 8ª e médio); percentual de docentes com ensino superior (1ª a 4ª; 5ª a 8ª, médio); resultado do IDEB (1ª a 4ª e 5ª a 8ª).
Apesar do crescimento contínuo no número de matrículas na educação infantil, o Paraná, bem como os demais Estados brasileiros, apresentam maior déficit em termos de universalização da escolaridade. Segundo dados da PNAD, em 2008 a taxa de frequência escolar das crianças de 0 a 5 anos de idade no Paraná, Região Sul e Brasil situava-se próximo de 37,6%.
As taxas de abandono escolar diminuíram, tanto no ensino fundamental como no nível médio; porém, no ensino médio ainda há o que se avançar: em 2008 ataxa situava-se em 10,3%.
Em relação à taxa de distorção idade-série, observa-se certa estabilidade no ensino fundamental e pequena melhoria no ensino médio; este é um problema que se mostra de modo mais intenso nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª) e no ensino médio, etapas nas quais, em 2008, as taxas eram superiores a 20%.
A presença de professores com nível superior é próxima de 100% nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª) e no ensino médio. Nas séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª) houve, entre 2000 e 2008, um aumento de quase 31 pontos percentuais nesta taxa, mas ainda assim cerca de 20% dos professores não possuíam formação de nível superior.
Quanto ao desempenho no IDEB, Paraná e Distrito Federal possuíam, em 2007, as maiores médias (5,0) relativas às séries iniciais do ensino fundamental; para as séries finais do ensino fundamental, o Paraná apresentava a terceira melhor média (4,2), com São Paulo e Santa Catarina ocupando as primeiras posições, nos dois casos com média 4,3.
O desempenho no ensino médio não é considerado no índice, pois não há informação para os municípios, mas, em 2007, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina compartilhavam o melhor desempenho entre as unidades da Federação, com média 4,0.
EMPREGO E RENDA - Sete variáveis são utilizadas: relacionadas ao salário médio, ao emprego formal e à renda da agropecuária.
No Paraná, entre 2001 e 2008, foram gerados 782,3 mil postos de trabalho, crescimento de 45,4%. Esse resultado acompanhou a média nacional e foi superior ao da Região Sul, de 40%. Em termos de volume do emprego gerado, o desempenho paranaense só foi inferior ao verificado em São Paulo (3,5 milhões) e Minas Gerais (1,3 milhão).
O aumento no valor real do salário médio no período 2001/2008 foi de 14,7% no Paraná; 10,7% na Região Sul; e 8,5% no Brasil. Mesmo que modesto, a conjugação do aumento real do salário e a acentuada expansão do número de empregos propiciou um incremento na massa de salários do setor formal, no Paraná, da ordem de 67%.
A renda da agropecuária foi bastante afetada nos anos de 2005 e 2006, principalmente devido à queda nas safras de grãos, sendo que a recuperação só se efetivou no ano de 2008.
Das três dimensões – Saúde, Educação e Emprego e Renda – esta última é a que apresenta o maior nível de desigualdade entre os municípios do Estado. Mesmo com o expressivo aumento do emprego no interior do Estado, este se concentrou nas principais aglomerações urbanas e no seu entorno, contribuindo para a manutenção do nível de desigualdade. 100 municípios polarizam 90% do emprego formal do Paraná.
Mais detalhes e o ranking dos 399 municípios estão disponíveis no site www.ipardes.gov.br.
Em anexo número de municípios segundo nível do IPDM