Economista garante que alimentos e remédios terão a redução de preços mais rápida


De acordo com o professor do Departamento de Economia da Universidade de Maringá (UEM), Joilson Dias, a minirreforma tributária promovida pelo Governo do Paraná terá efeito mais rápido sobre setores com maior competitividade
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03/04/2009 - 13:18
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De acordo com o professor do Departamento de Economia da Universidade de Maringá (UEM), Joilson Dias, a minirreforma tributária promovida pelo Governo do Paraná terá efeito mais rápido sobre setores com maior competitividade, como as farmácias e supermercados, que deverão repassar aos consumidores a redução do imposto imediatamente. Outros setores como o de roupas e ligados ao luxo, deverão demorar um pouco mais para diminuir seus preços, no entanto a tendência será de queda. “Na área de vestuário, por exemplo, fatores como a mudança de temporada tem mais influência sobre preço do que impostos. O mesmo ocorre para produtos de luxo”, avalia. O economista avalia que, apesar disso, os preços deverão cair em todas os setores. “Com o tempo, os custos se reduzem e as empresas, movidas pela competição, baixarão seus preços”, diz. O professor coordenou, a pedido da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), um estudo sobre a minirreforma, quando o projeto estava ainda em discussão. Ele considera que a medida aumentará a circulação de mercadorias do Estado. “Os preços cairão, e sobrará mais renda no bolso das pessoas. Esse dinheiro que sobrou servirá para comprar ainda mais produtos”. Segundo o professor, o processo deve refletir, inclusive, em aumento na arrecadação de ICMS no Paraná. “Comprando mais produtos, recolhe-se mais impostos e sobe a arrecadação. Mas isso só poderá realmente ser avaliado no final do ano”, afirmou. Joilson destaca ainda que a minirreforma atacou o que ele considera o mais grave problema do sistema tributário brasileiro: as classes mais altas pagam, proporcionalmente a renda, menos ICMS que os mais pobres. “A medida não resolveu isso, mas deu um passo nesse sentido”, analisa. De acordo com o estudo realizado pelo economista, mesmo famílias que ganham a partir de R$ 6 mil reais pagarão menos ICMS com a minirreforma. “Isso ocorre porque a redução nos preços dos cosméticos e eletrônicos, por exemplo, compensará a alta na alíquota da telefonia e gasolina”, explicou. O estudo projetou que famílias com renda superior a R$ 6mil pagarão 8,15% menos ICMS do que antes da reforma. Os maiores beneficiários, no entanto, serão as famílias com renda de até R$ 600,00, que pagarão 11,48% menos imposto. A respeito dos empregos, o professor acha que devido a crise econômica, será difícil avaliar os efeitos da minirreforma. “A tendência da medida seria aumentar as vagas, no entanto com a crise fica difícil avaliar esse processo. O que podemos ter certeza é de que, pelo menos, a redução do ICMS vai ajudar as pessoas a manterem seu orçamento e seu poder de compra”, afirmou. Segundo o professor do Departamento de Economia da Universidade de Maringá(UEM) , Joilson Dias, mesmo as classes altas pagarão menos impostos com a minirreforma do ICMS, em vigor desde quarta-feira (01). “A redução nos preços dos cosméticos e eletrônicos, por exemplo, vai compensar a alta na alíquota da telefonia e gasolina”, explicou. O estudo coordenado pelo professor a pedido da Associação Comercial de Maringá (ACM) mostrou que as famílias com renda superior a R$ 6mil pagarão 8,15% menos ICMS do que antes da reforma. Os maiores beneficiários, no entanto, serão as famílias com renda de até R$ 600,00, que pagarão 11,48% menos imposto. “Essa reforma diminuiu um problema muito grave na nossa estrutura tributária, que é o fato de que as classes mais altas pagam, proporcionalmente, menos ICMS que os mais pobres”, afirmou.

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