Dragagem do porto de Antonina está prevista para até o fim do ano

Terminal da Ponta do Félix poderá voltar a operar com navios de fertilizantes
Publicação
03/09/2010 - 15:40
Editoria
O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Mário Lobo Filho, anunciou a dragagem de manutenção do canal de acesso ao terminal da Ponta do Félix, em Antonina. Será estabelecida profundidade de 9,5 metros, medida que há mais de 10 anos não é alcançada naquele trecho. Atualmente a profundidade é de 7 metros. “A dragagem já deveria ter sido feita há tempos. Estamos pagando uma dívida com a cidade”, disse o superintendente.
O planejamento estratégico dos terminais portuários para os próximos 20 anos foi apresentado, nesta sexta-feira (3), por Lobo Filho no seminário Perspectivas do desenvolvimento do litoral paranaense a partir do pré-sal, em Antonina. “Com o aumento da profundidade do canal, o terminal da Ponta do Félix poderá voltar a operar com fertilizantes, por exemplo, e atender navios de açúcar com maior calado, tornando-se alternativa ao Porto de Paranaguá”, destacou Lobo Filho.
A minuta do edital de dragagem já está quase concluída. “Precisamos do licenciamento ambiental, que é o mesmo que será obtido junto ao Ibama para o Porto de Paranaguá e que acredito que devemos conseguir nas próximas semanas”, ressaltou o superintendente da Appa. A expectativa é iniciar a dragagem até o fim do ano. Após a obtenção da licença ambiental, serão lançados dois editais: da dragagem dos canais de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina e outro edital para dragagem dos berços de atracação. O trabalho foi dividido porque as dragas precisam ser diferentes.
O terminal Barão de Teffé, como é chamado o cais público do porto de Antonina, ficará com seis metros de profundidade. Segundo Lobo Filho, não será possível aumentar a profundidade em função da existência de pedras. “Mesmo assim, o terminal poderá voltar a movimentar navios de cabotagem e também poderá operar com barcaças”, explicou o superintendente.
“Nossa projeção é para que seja aproveitada a vocação marítima e portuária que Antonina já tem para abrigar grandes empresas de fabricação de bases de exploração de petróleo. A cidade tem áreas de retaguarda próximas ao mar, abrigado e calmo, o que é uma grande vantagem no cenário do Pré Sal”, completou ele.
PONTAL DO PARANÁ – Com a baía com grande profundidade e sem necessidade de dragagem, o futuro porto de Pontal do Paraná teria capacidade para receber grandes navios petrolíferos e abrigar estaleiros para construção naval, apoio marítimo e bases de exploração do Pré-Sal.
“Temos que aproveitar as características do Estado, devido à proximidade da bacia de Santos. Atrair negócios de exploração petrolífera e de base naval para a cidade significa criação de empregos e geração de renda. O impacto positivo é muito grande, porque a economia local é fortalecida e, consequentemente, melhora a qualidade de vida das pessoas que moram na região”, contou o superintendente da Appa.
Além dos prefeitos de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes, e de Antonina, Carlos Augusto Machado, o evento reúniu os prefeitos de Morretes, Amilton de Paula; Guaraqueçaba, Riad Said Zahoui; e de Paranaguá, José Baka Filho. O Seminário foi promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com apoio da Appa, Prefeitura de Antonina e Fundação Araucária.

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