Documentário sobre a Revolução de 1924 tem pré-lançamento na Biblioteca Pública

“São Paulo, cidade aberta” foi produzido pelo Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes de São Paulo.
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27/04/2010 - 12:30
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“São Paulo, cidade aberta”, documentário produzido pelo Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes de São Paulo (CPC-UMES), tem pré-estreia nesta sexta-feira (30), às 18h30, no Auditório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná. Depois da sessão haverá debate com o diretor Caio Plessmann de Castro e o produtor João Moreirão.
No filme, o diretor reconstrói a Revolução de 1924 e seus desdobramentos, com tom de resgate de memória com a narração do ator Othon Bastos. Com duração de 78 minutos, os argumentos são de Sérgio Rubens Torres. No elenco estão João Signoreli (Joaquim Távora), Ney Piacentini (Miguel Costa), Fabio Tomasini (Isidoro Dias Lopes), Álvaro Gomes (Carlos de Campos), Eduardo Parisi (João Cabanas), Marcelo Airoldi (João Alberto), Fábio Pinheiro (Juarez Távora), Luiz Rodolfo Dantas (Macedo Soares).
HISTÓRIA – Na noite de 8 de julho de daquele ano, o general Isidoro Dias Lopes, colocado no comando pelos revolucionários, que, desde a madrugada do dia 5, lutavam na capital paulista, decide a retirada para Jundiaí. O major Miguel Costa, da Força Pública Paulista, que liderava as tropas melhor apetrechadas do País, sublevadas desde o início, não aceita a decisão. Na manhã seguinte, o major é informado que o “presidente do Estado”, Carlos de Campos, fugira da cidade com as tropas governistas. São Paulo, a capital da oligarquia cafeeira, estava nas mãos dos revolucionários.
No filme “São Paulo, cidade aberta”, o episódio é resumido por um eloquente soco na mesa, dado por Miguel Costa ao saber da fuga de Carlos de Campos. No confronto com Isidoro, ele tivera razão. “São Paulo, cidade aberta” não é apenas a primeira obra cinematográfica sobre um dos maiores e mais heroicos episódios da nossa história, a Revolução de 1924. A obra pretende se tornar referência.
Na segunda revolta tenentista – a primeira, a revolta do Forte de Copacabana, em 1922 – a oligarquia cafeeira não hesitou em destruir a sua própria capital com selvagem bombardeio de artilharia pesada. Em “São Paulo, cidade aberta”, a música de Marcus Vinícius de Andrade sublinha esses momentos.
TRIUNFO – A retirada até Foz do Iguaçu – e a fusão com os revolucionários gaúchos que daria início à marcha da Primeira Divisão Revolucionária, sob o comando de Miguel Costa, tendo Luís Carlos Prestes como chefe de Estado Maior – finalizou a Revolução de 1924. Entretanto, apenas seis anos depois, em 1930, os revolucionários triunfariam.
“São Paulo, cidade aberta” é o resultado, lembra o seu diretor, Caio Plessmann de Castro, do trabalho coletivo. O que, certamente, não ofusca, pelo contrário, realça, a atuação de cada participante.
Serviço: Cine-debate: São Paulo, cidade aberta
Data: 30/04/10 – sexta-feira
Hora: 18h30
Local: Auditório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná – Rua Cândido Lopes, 133.