Diretores de escolas de Curitiba participaram, na tarde desta segunda-feira (01), de uma palestra para tirar dúvidas e conhecer melhor as ações da Patrulha Escolar Comunitária (PEC). O secretário-chefe da Casa Militar, major Anselmo José de Oliveira, explicou detalhes da nova fase da Patrulha Escolar, lançada no início do ano letivo pelo governador do Estado, Roberto Requião. “É fundamental que os diretores compreendam os nossos objetivos, pois eles serão os gerentes do trabalho a ser desenvolvido dentro de cada escola”, lembrou o oficial, que é idealizador do projeto.
Falando aos mais de 150 diretores que lotaram o auditório do Colégio da Polícia Militar, o major Anselmo lembrou que a Patrulha Escolar Comunitária é mais que uma parceria entre a Polícia Militar e a comunidade escolar. “É um trabalho integrado, no qual, junto com a direção de cada colégio, estaremos construindo esta nova realidade”, disse. Conforme o comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Antônio Pancotti, o que o governo do Estado está na Constituição Brasileira. “Estamos implantando ações para melhorar a segurança pública. Isto não se faz sozinho. É dever do Estado e responsabilidade de todos”, comentou.
Envolvimento – A chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba da Secretaria de Estado da Educação lembrou que o atual governo percebe a educação de forma ampla. “Há preocupação com o salário dos professores, com o aspecto de estrutura das escolas e com a segurança de todos os que integram a comunidade escolar”, disse Sheila Marize Toledo Pereira. “Acreditamos no projeto porque o problema de segurança também é nosso”, afirmou. De acordo com a coordenadora do projeto pela secretaria, Margarete Maria Lemes, com o envolvimento de todos fica mais fácil planejar ações chegar a resultados práticos positivos num espaço de tempo menor.
Os primeiros resultados estão sendo sentidos por alunos, professores e funcionários do Colégio Estadual Santa Rosa, no Solitude, bairro Cajuru, em Curitiba. Durante o ano de 2003, a escola foi sendo preparada para a instalação da PEC. A escola dirigida por Carlos Roberto Cardoso dos Santos atende a cerca de 2.200 alunos em três turnos, numa faixa etária variada, compreendendo estudantes de 9 até 60 anos de idade. “Já tivemos uma mudança da água para o vinho. O vandalismo, por exemplo, diminuiu bastante e a expectativa é que, a partir da Patrulha Escolar Comunitária, a comunidade escolar tenha mais tranqüilidade”, afirmou Santos.
Presença – O major Anselmo relatou que só a presença dos policiais da PEC nos colégios e nas imediações já possibilitou um ganho para todos. “As pessoas de má índole já vão se afastando dos estabelecimentos de ensino. Esse foi apenas o início do processo”, afirmou. Desde o começo das aulas, na semana que antecedeu o Carnaval e nos dias letivos após o feriado, os policiais militares estiveram visitando os colégios, conhecendo cada realidade e sendo conhecidos por todos.
Além de rondas, os policiais, treinados para atuar nesta modalidade de policiamento, fazem palestras aos alunos e familiares, reforçando sempre a necessidade de atuação conjunta para a solução dos problemas. A Patrulha Escolar Comunitária está implantada em Curitiba e em Londrina, nesta primeira fase.
Diretores de escolas tiram dúvidas sobre a Patrulha Escolar Comunitária
O novo conceito de patrulhamento em ambiente escolar tem agradado professores e diretores
Publicação
01/03/2004 - 00:00
01/03/2004 - 00:00
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