A estação de bombeamento - sistema de proteção contra cheias construído pelo Governo do Paraná no Rio Palmital, na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo - alcançou o nível máximo nesta semana e, pela primeira vez, foi ligada, durante dez horas seguidas. Assim, foi dada vazão ao volume de água e conseguido evitar as cheias no local, problema que era comum na região. O projeto foi executado pela Cohapar, que urbanizou a favela e transformou o lugar em um novo bairro.
Na capital e Região Metropolitana de Curitiba (RMC) o índice de precipitação em julho de 2008 foi de 27 milímetros. Se comparado ao mesmo período de 2009, o índice foi de 220 milímetros, oito vezes maior, de acordo com Sheila Paz, meteorologista do Simepar.
“Até a construção do dique, as cheias eram o maior problema da Vila Zumbi. Apesar das obras de drenagem e terraplenagem realizadas na área de 501,1 mil metros quadrados, cerca de 50 hectares, as casas da vila ficam abaixo do nível do Rio Palmital, afluente do Rio Iguaçu. Por isso, foi necessária a construção do dique, que está em constante funcionamento, mas pela primeira vez teve a bomba acionada para vazão, já que alcançou o nível máximo”, ressaltou o diretor de Obras da Cohapar, Eduardo Quezada.
O programa de Regularização Fundiária da Vila Zumbi, coordenado pela Cohapar, em parceria com vários órgãos estaduais, retirou 289 famílias de áreas de risco, que foram transferidas para sobrados de 40 metros quadrados, dotados de infraestrutura (água tratada, esgoto, energia elétrica, pavimentação). Além disso, o programa regularizou os terrenos de 1.797 famílias, que ocupavam áreas irregularmente a área.
“Este inverno copioso, no qual em apenas um mês o índice de precipitação foi o relativo ao que chove o ano todo, mostra o acerto do projeto da Vila Zumbi. As bombas têm funcionado e multiplicado oito vezes a vazão e velocidade das águas do Rio Palmital, perto de onde foram retiradas cerca de 1.200 pessoas que moravam às suas margens e sofriam constantemente com as cheias”, informou o presidente da Cohapar, Rafael Greca.
PROTEÇÃO - O projeto para evitar as enchentes no local contemplam galerias de águas pluviais constituídas por coletores com tubos de concreto, poços de inspeção e bocas de lobo. Também conta com o dique de contenção do Rio Palmital, lagoa artificial, além da estação de bombeamento de água. As bombas da estação impedem que a lagoa formada pelo dique transborde. Também foi realizada a canalização em concreto armado e desvio do rio Santa Mônica, com extensão de 1,1 mil metros. Além disso, todas as ruas são atendidas por rede de galerias de águas pluviais e de esgoto.