Chamada de um mal silencioso, a hipertensão quando diagnosticada precocemente é de fácil controle. Todavia, para isso é necessário realização de exames periódicos e acompanhamento médico, segundo explica o médico cardiologista da Divisão Cardiovascular da Secretaria da Saúde, André Ribeiro Langowiski. “Quando não controlada pode se tornar fator de risco para outras complicações como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, dificuldade visual e insuficiência renal”, alerta Langowiski. De acordo com ele, a doença não tem cura, mas o tratamento é simples e eficiente se seguido à risca. Mas dificilmente a causa é identificada, a exceção dos casos de hipertensão secundária. “Nesta situação, a hipertensão é causada por outras doenças e não pelos fatores de risco. Muitas mulheres grávidas, ou portadores de tumores, mulheres que fizeram uso prolongado de anticoncepcionais com estrogênio, ou medicamentos com corticóides podem desenvolvê-la. No entanto, nesses casos pode ser revertida”, disse. Cerca de 95% dos casos da doença não tem causa identificada, podendo ser aliadas a fatores de risco familiar, obesidade, falta de atividade física, consumo de bebidas alcoólicas em excesso e dieta rica em sal. O tratamento para pressão alta dura a vida toda, e deve ser feito com remédios que ajudam a controlá-la além de hábitos saudáveis. De acordo com a Associação Brasileira de Hipertensão (ABH), todos os anos cerca de 300 mil pessoas morrem por causa da doença no País. Entre os idosos, ela chega a atacar uma em cada duas pessoas e as crianças também podem apresentar os sintomas. SINTOMAS - Dores de cabeça, tontura e mal-estar podem ser sintomas, no entanto a única maneira de saber se a pressão é normal ou não, é medi-la com um aparelho. A recomendação é para que o procedimento seja realizado pelo menos a cada seis meses, com um intervalo máximo de um ano. Uma pressão mais alta que 14 por 9 duas vezes em dias diferentes pode evidenciar hipertensão. EXERCÍCIOS – Atividades físicas podem ajudar o hipertenso a baixar a pressão podendo até diminuir as doses dos medicamentos. O exercício adequado ajuda a controlar o peso, diminui as taxas de gordura e açúcar no sangue, eleva o “bom colesterol”, ajuda a diminuir a tensão emocional além de aumentar a auto-estima. “No caso dos hipertensos é importante iniciar atividades físicas apenas depois de obter um controle adequado dos níveis de pressão, através do tratamento proposto pelo médico”, afirma Langowiski.