O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR), a Defesa Civil e Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar realizaram nesta terça-feira (09), das 9h às 16h, na BR-277, a primeira de uma série de blitze de fiscalização do transporte de produtos perigosos. A ação tem como objetivo reduzir o número de acidentes envolvendo produtos perigosos na região de Curitiba que, em sua maioria, provocam sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação dos mananciais que abastecem a capital e a Região Metropolitana. Segundo o diretor geral do Detran/PR, coronel David Antônio Pancotti, as blitze serão realizadas regularmente nas principais vias de acesso a Curitiba, inclusive dentro do perímetro urbano. “Além de fiscalizar as condições dos motoristas e do veículo, queremos com essas blitze saber que tipos de produtos estão entrando em Curitiba, para que, em caso de um acidente, estejamos preparados para atender a ocorrência e reduzir os danos à população e ao meio ambiente”, explica Pancotti. Irregulares – Cada operação dura em torno de seis horas e consegue abordar cerca de 30 veículos. Na ação desta terça-feira, foram abordados 23 veículos, sendo que dez deles estavam em situação irregular e foram notificados. As principais irregularidades foram a ausência da simbologia de risco do produto transportado, a má conservação do veículo, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para o manuseio dos produtos e a certificação do MOPP (Movimentação de Produtos Perigosos) vencida. Durante as blitze, também são fiscalizados caminhões comuns, pois, segundo o diretor de Operações da Defesa Civil, Paulo Henrique Souza, é freqüente o transporte de cargas perigosas em caminhões comuns que trafegam sem o rótulo de risco e o painel de segurança obrigatórios. “Esses motoristas pretendem fugir da fiscalização e acabam colocando em risco todo o meio ambiente e a população”, declara. Polícia Ambiental e técnicos do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Secretaria de Estado da Saúde e Vigilância Sanitária, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) também participam das blitze, verificando se o veículo atende às exigências do transporte de produtos perigosos.