Detentos vão voltar aos serviços de conservação das rodovias do Paraná

Novo termo de cooperação reedita experiência de sucesso feita entre 2004 e 2006 em 11 trechos de rodovias estaduais; presos vão receber salário mínimo e abatimento da pena
Publicação
16/06/2007 - 09:00
Editoria
Detentos da Colônia Penal Agrícola (CPA) de Piraquara vão voltar a trabalhar nos serviços de conservação das rodovias estaduais da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A atividade faz parte de um Termo de Cooperação entre a Secretaria dos Transportes e a Secretaria da Justiça que foi autorizado nos últimos dias pelo governador Roberto Requião. O novo acordo dá prosseguimento aos trabalhos que foram executados entre 2004 e 2006. Segundo o secretário dos Transportes e diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, a repetição da experiência é uma prova da sua eficácia. “É uma ação benéfica para todas as partes. As rodovias da região têm a garantia de bons serviços de conservação, o que aumenta a segurança para os motoristas. E os detentos, além da remuneração mensal de um salário mínimo, têm a pena abatida pelos serviços prestados”, afirmou. Pelo novo termo - que entra em vigor com a assinatura de um contrato entre as Secretarias - o DER pode formar um grupo de trabalho de até 100 homens, divididos em 30 por grupos de trabalho. Cabe também ao órgão rodoviário a supervisão do serviço, o transporte, a alimentação dos trabalhadores e o fornecimento de uniformes e equipamentos de segurança. Já ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) fica a obrigação de disponibilizar um agente para fazer o acompanhamento e manter a ordem. Programa – De 2004 a 2006, os primeiros 30 detentos começaram a realizar serviços de roçada e limpeza de canaletas em cerca de 11 trechos na RMC, próximos da Colônia Penal. “Os trabalhos eram concentrados no Contorno Norte (PR-418), entre Curitiba e Colombo (PR-417), na Estrada da Graciosa (PR-410), entre Curitiba e Rio Branco do Sul (PR-092), entre Colombo e Almirante Tamandaré (PR-509), de Campo Largo a Bateias (PR-509), entre outros”, detalhou o secretário. Tizzot lembrou ainda que o trabalho dos presidiários foi importante na conservação da estrada entre Curitiba e Pinhais (PR-415), uma das vias mais movimentadas da região. “Por receber grande quantidade de tráfego, a estrada precisa de conservação constante. O reforço da mão-de-obra dos detentos nos ajudou, principalmente, quando preparamos a via para receber os participantes das conferências da ONU – 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena (COP3) e a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade Biológica (MOP8) – em março do ano passado, em Curitiba”, lembrou. As obras consistiram na recuperação dos 4,6 quilômetros duplicados da via e renovação da sinalização. Todo o serviço de conservação e paisagismo foi realizado pelos detentos do CPA, sob orientação técnica do DER.