Desemprego na região de Curitiba se mantém como o menor do país

Segundo pesquisa do Ipardes, taxa em outubro ficou em 8,5% contra média nacional de 12,9%
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28/11/2003 - 00:00
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Foi de 8,5% a taxa de desemprego pesquisada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) na Região Metropolitana de Curitiba em outubro. O índice ficou em 0,1 ponto percentual acima do registrado nos meses de agosto e setembro. Com isso, a RMC se manteve, pelo terceiro mês consecutivo, com a menor taxa do país. O índice nacional ficou em 12,9%. As taxas das demais regiões metropolitanas foram a seguintes: Salvador, 17%; São Paulo, 15%; Recife, 14,4%; Belo Horizonte, 11,2%; Porto Alegre, 10,1%; e Rio de Janeiro, 9,4%. A pesquisa do Ipardes estimou em 117 mil o número de pessoas desocupadas ou procurando trabalho em outubro, um acréscimo de 2,6% em relação a setembro (114 mil pessoas). Já o número de pessoas ocupadas foi estimado em 1,255 milhão, apresentando um aumento de 13 mil pessoas nessa condição ou 1% em relação a setembro. A População em Idade Ativa (PIA), composta por pessoas de 10 anos ou mais, foi de 2,267 milhões. Destas, 60,6% eram economicamente ativas (1,373 milhão) e 39,4% eram não-economicamente ativas (894 mil). A população economicamente ativa teve um acréscimo de 1,3% em relação a setembro. A taxa de atividade, que é a relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa, apresentou um pequeno acréscimo, de 59,9% para 60,6%. Empregados - Do total de ocupados em outubro, 71,9% eram empregados (903 mil), 21,1% trabalhavam por conta própria (265 mil) e 5,7% eram empregadores (72 mil). O número de trabalhadores por conta própria teve um aumento de 15 mil pessoas em relação a setembro. A hipótese mais provável para esse crescimento é de que os que estavam fora do mercado de trabalho retornaram como autônomos. Além disso, há o fator sazonal, uma vez que nesta época cresce a oferta de trabalhos temporários. Entre os ocupados, 48,3% eram empregados com carteira de trabalho assinada (607 mil) e 17% não tinham registro (213 mil). No setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada manteve-se praticamente estável (variação de 0,2%), enquanto o de empregados sem registro indicou decréscimo de 2,9%. Grupos - No que se refere aos grupamentos de atividade, os que apresentaram crescimento no número de pessoas ocupadas foram: indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (6,4%); serviços domésticos (12,1%) e outros serviços (2,0%). Já os que registraram queda foram construção civil (4,7%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (3,9%); e administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (2,2%). No caso específico da administração pública, a queda vem se repetindo desde julho, quando a reforma da previdência começou a ser discutida, provocando uma corrida pelas aposentadorias entre os trabalhadores do setor. O grupo comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis manteve-se praticamente estável. Rendimentos - O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados no mês de outubro foi de R$ 797,10, valor 1,5% superior ao de setembro (R$ 785,25). O rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores do setor privado apresentou acréscimo de 4,9% (R$ 723,30). O rendimento médio dos empregados com carteira de trabalho assinada teve acréscimo de 5,8% e o dos sem registro caiu 1,7%. Os trabalhadores autônomos tiveram redução de 2,5%, nos seus rendimentos médios habitualmente recebidos em relação a setembro.