Desemprego na grande Curitiba se mantém como o menor do país: 6,5%

Segundo o Ipardes, dezembro foi o quinto mês seguido em que a RMC apresenta o menor índice do país
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26/01/2004 - 00:00
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Com uma taxa de 6,5%, registrada em dezembro de 2003, a Região Metropolitana de Curitiba continua sendo, pelo quinto mês consecutivo, a de menor índice de desemprego no país. Com esse resultado, calculado pelo Ipardes e o IBGE, a estimativa para o número de pessoas desempregadas no mês de dezembro na RMC ficou em 88 mil pessoas, ou 20% a menos em relação a novembro (110 mil pessoas). . A média nacional estimada no mês ficou em 10,9%. Já no ano, a taxa brasileira foi calculada em 12,3%. Na Região Metropolitana de Curitiba, o índice de 2003 ficou em 8,9%. Nas demais regiões metropolitanas pesquisadas os resultados de dezembro foram os seguintes: Porto Alegre (7,9%), Rio de Janeiro (8,6%), Belo Horizonte (10,4%), São Paulo (11,8%), Recife (12,1%) e Salvador (15,7%). De acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Araki Lira, a redução da taxa de desemprego verificada no ano de 2003 na RMC pode ser atribuída ao bom desempenho da agropecuária e da indústria, bem como aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado. Ocupados - A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) estimou em 2,279 milhões o número de pessoas com 10 anos ou mais que compuseram a População em Idade Ativa (PIA) em dezembro de 2003 na grande Curitiba. Destas, 59,7% eram economicamente ativas (PEA) e 40,3% não-economicamente ativas. Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram maior crescimento no número de pessoas ocupadas foram construção civil (4,7%), intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (3,5%), serviços domésticos (1,0%), outros serviços (2,6%) e administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (0,6%). Já os grupamentos que apresentaram queda foram indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-2,1%) e comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (-0,7). Do total de ocupados no mês de dezembro, 71,9% eram empregados (915 mil), 21,4% trabalhavam por conta própria (273 mil) e 5,3% eram empregadores (67 mil). Entre os ocupados, 47,4% eram empregados com carteira de trabalho assinada (607 mil) e 17,8% não eram registrados (226 mil). No setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada apresentou variação positiva (1,8%), enquanto o de empregados sem registro manteve-se estável. Rendimento – Já o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas no mês de dezembro foi de R$ 806,00, valor 0,9% inferior ao de novembro (R$ 813,07). Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram acréscimo de 1,8% nos seus rendimentos médios e os empregados sem registro tiveram acréscimo de 11,4%. O rendimento médio real efetivamente recebido pelas pessoas ocupadas em novembro foi de R$ 832,77 (3,5 salários mínimos), superior ao de outubro, que foi de R$ 798,92. Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram acréscimo de 12,3% nos seus rendimentos médios efetivamente recebidos, e os sem carteira de trabalho assinada, um acréscimo de 15,1%. 2003 - A taxa média de desemprego em todo ano de 2003 na RMC foi de 8,9%. No país, a média ficou em 12,3%. Em termos absolutos, o crescimento da PEA entre dezembro de 2002 e dezembro de 2003 foi de 46 mil pessoas sendo que, dessas, 41 mil foi o número de pessoas que conseguiram emprego no período. No que se refere ao número de desempregados, foram quatro mil a mais em relação a dezembro de 2002. O grupo de atividade que mais empregou entre dezembro de 2002 e dezembro de 2003 foi o de intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas, que teve um aumento de 22 mil pessoas. Em seguida, aparece o grupo comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis. O grupo indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água manteve-se estável no mesmo período. Já a construção civil foi o ramo de atividade que teve a maior redução de empregos, com queda de 18,4%, o que representa 25 mil empregos a menos do que em dezembro de 2002. É importante destacar que este panorama verificou-se em todo o Brasil. Abaixo, as taxas de desemprego da RMC durante o ano de 2003: Dezembro/2002 - 6,4% Janeiro - 7,8% Fevereiro - 9% Março - 10% Abril - 9,6% Maio - 10,2% Junho: - 10,2% Julho - 10,3% Agosto - 8,4% Setembro - 8,4% Outubro - 8,5% Novembro - 8% Dezembro - 6,5% Média de 2003 - 8,9%