A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (Ipardes), realizada em parceria com o IBGE, indica que a taxa de desemprego no mês de maio na Região Metropolitana de Curitiba ficou em 10,2%, índice zero vírgula seis ponto percentual acima do resultado de abril, calculado em 9,6%. A variação, no entanto, ficou abaixo da taxa nacional de 12,8%.
Outro dado positivo é que o número de pessoas ocupadas ficou em 1,208 milhão de pessoas, taxa superior em 0,6% comparativamente ao mês de abril, que foi de 1,201 milhão. Em comparação com outra regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a taxa de desemprego da grande Curitiba ficou em 5º lugar, empatada com a de Porto Alegre (10,2%).
A Região Metropolitana de Salvador apresentou a maior taxa (17,3%), seguida de Recife (15,1%), São Paulo (14,6%) e Belo Horizonte (11,0%). O Rio de Janeiro apresentou a menor taxa de desemprego (9,8%).
A população em idade ativa na região de Curitiba manteve-se estável em relação ao mês de abril deste ano, enquanto que a população economicamente ativa cresceu 1,2%, passando de 1,329 milhão de pessoas em abril para 1,345 milhão em maio. A taxa de atividade (relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa) apresentou variação positiva, passando de 59,5% em abril para 60,3% em maio.
Setores - Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram crescimento no número de pessoas ocupadas foram: comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (6,3%), serviços domésticos (4,9%) e outros serviços (2,1%).
Os grupamentos que apresentaram queda foram: construção civil (7,4%), administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (3,0%), outras atividades (5,6%).
Já os grupamentos que tiveram pequena redução no número de pessoas ocupadas foram intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas e indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água.
No setor privado, o número de empregados registrados aumentou 3,7% em relação a abril, enquanto o de empregados sem registro teve um pequeno decréscimo (0,8%).
Renda - O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, no mês de abril, foi de R$ 819,94, valor inferior em 2,5% ao do mês de março (R$ 841,08).
O rendimento médio habitualmente recebido pelos empregados do setor privado com carteira assinada e sem carteira assinada foram 1,7% e 5,9% inferiores ao de março, respectivamente. Os trabalhadores autônomos tiveram aumento de 3,5% nos seus rendimentos médios habitualmente recebidos.
O rendimento médio real efetivamente recebido em abril de 2003 pelas pessoas ocupadas, foi de R$ 783,28, valor 2,8% inferior ao de março (R$ 805,45). Essa queda foi registrada em quase todas as Regiões Metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, com exceção de Porto Alegre, cuja renda ficou estável, e Recife, que teve um aumento.
Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram redução de 1,1%, enquanto os sem registro, de 5,6% e os trabalhadores autônomos, aumento de 3,7%, quando comparados aos rendimentos do mês de março.
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POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE
ATIVA FICA EM 2,232 MILHÕES
A pesquisa estimou em 2,232 milhões o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (PIA). Destas, 60,3% eram economicamente ativas (PEA) e 39,7% eram não economicamente ativas (PNEA), correspondendo, respectivamente, a 1,345 milhão de pessoas e 886 mil pessoas. De acordo com Sachiko Araki Lira, diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, o total de pessoas desocupadas, 47,9% corresponde à faixa etária que vai de 15 a 24 anos.
A estimativa para o número de pessoas desocupadas e procurando trabalho foi de 137 mil. Do total de pessoas desocupadas, 53,4% eram mulheres e 46,6% homens. Comparativamente ao mês de abril, houve aumento de 8,6% e 4,9% no número de pessoas desocupadas do sexo feminino e masculino, respectivamente.
O número de pessoas não economicamente ativas foi estimado em 886 mil, inferior em 2,0% comparativamente ao mês de abril, que foi de 904 mil.
Do total de pessoas ocupadas no mês de maio, 72,8% eram empregados, 20,0% autônomos e 6,4% empregadores. Do total de empregados, 49,1% tinham carteira de trabalho assinada e 16,2% não tinham registro.