A Região Metropolitana de Curitiba apresentou queda na taxa de desemprego no mês de junho em relação a maio, passando de 8,1% para 7,9%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o IBGE e divulgada nesta sexta-feira (22). O número de pessoas desocupadas e procurando emprego foi estimado em 117 mil, 3 mil a menos na comparação com o mês anterior, quando o total era de 120 mil pessoas.
Na comparação com as outras seis regiões, a região de Curitiba apresentou a terceira com menor taxa, ficando acima só do Rio de Janeiro (6,9%) e de Porto Alegre (7,1%). As outras regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram os seguintes resultados: Salvador (14,7%), São Paulo (10,5%), Recife (9,6%) e Belo Horizonte (8,5%). A média para as seis regiões metropolitanas foi de 9,4%.
Rendimento: Na comparação entre os meses de maio e junho de 2005, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupados manteve-se praticamente estável, passando de R$ 940,26 para R$ 940,30, respectivamente. Já na comparação a junho de 2004, o rendimento médio apresentou decréscimo de 3,2%, ou seja, o valor teve redução de R$ 31,09 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os empregados do setor privado com carteira assinada tiveram queda de 0,4% em seus rendimentos médios quando comparado ao mês de maio passado e também ao mês de junho de 2004. Os empregados sem carteira assinada mantiveram seus rendimentos médios praticamente estáveis na comparação ao mês de maio, tendo decréscimo de 3,3% em relação a junho do ano anterior. Já os trabalhadores autônomos tiveram aumento de 0,8% na comparação a maio e aumento de 22,5% comparado a junho de 2004.
Nível de emprego – Segundo a pesquisa realizada pelo Ipardes/IBGE, os grupos de atividades que tiveram aumento no número de pessoas ocupadas em junho, em comparação a maio, foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (3%); “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (9%) e “outros serviços” (3,4%).
Em contrapartida, os grupos que tiveram redução no número de ocupados, foram: “construção civil” (-2,9%); “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (-2%); “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (-3,7%) e “serviços domésticos” (-6%).
Na relação entre junho/05 e junho/04, todos os grupamentos de atividade apresentaram aumento de pessoas ocupadas. Os acréscimos foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (8,8%); “construção civil” (4,1%); “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (7,1%); “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (14,1%); “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (7,8%); “serviços domésticos” (9,3%) e “outros serviços” (0,5%).
Registro em carteira – O número de empregados com carteira assinada teve crescimento de 0,7% comparativamente a maio. Na relação com junho de 2004, o acréscimo foi de 11,4%, significando que houve acréscimo de 69 mil pessoas nesta categoria.
Ainda, o número de empregados sem carteira assinada diminuiu 0,4% comparado a maio e 2,1% a junho de 2004. Já o número de trabalhadores autônomos manteve-se constante em relação a maio e apresentou acréscimo de 0,8% comparado a junho do ano anterior.
No setor privado, o número de empregados com carteiras assinadas em relação a junho de 2004 aumentou em 15,3% (83 mil pessoas), enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada teve decréscimo de 4,5% (7 mil pessoas) no mesmo período.
Do total de pessoas ocupadas em junho, 74,3 %% estavam na condição de empregados (1,012 milhão), 18,7% eram autônomos (225 mil) e 5,4% eram empregadores (73 mil).
Pessoas em Idade Ativa – A Pesquisa Mensal de Emprego de junho, estimou em 2,384 milhões o número de pessoas em idade para trabalhar. Desse total, 60,7% (1,480 milhão) estavam no mercado de trabalho.
A diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, explica que o número de pessoas ocupadas ou procurando emprego no mês de referência cresceu 0,3% em relação ao mês de maio, o que significa 5 mil pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho, sendo que destas, 54,7% eram homens.
A diretora explica ainda que, em relação a junho de 2004, esse acréscimo foi de 6,2%, o que corresponde a 86 mil pessoas.
O número de ocupados em junho foi estimado em 1,362 milhão, o que significa acréscimo de 0,5% em comparação ao mês anterior. Se comparado a junho de 2004, o acréscimo foi de 7,1%, totalizando 90 mil pessoas a mais nesta condição.