A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba diminuiu pelo segundo mês consecutivo, passando de 8,5% em março para 8,2% em abril, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta segunda-feira pelo Ipardes em parceria com o IBGE. O número de pessoas procurando emprego na RMC caiu de 126 mil para 121 mil pessoas.
Na comparação com as outras seis regiões pesquisadas pelo IBGE, a RMC só fica atrás da de Porto Alegre (8%) e se mantém abaixo da média brasileira, calculada em 10,8%. As maiores taxas foram constatadas nas regiões metropolitanas de Salvador (17%), Recife (13%), São Paulo (11,4%), Belo Horizonte (9,5%) e Rio de Janeiro (8,6%).
PIA e PEA - O número de pessoas com dez anos e mais de idade e que compõem a População em Idade Ativa (Pia) na RMC foi estimado em 2,434 milhões no mês de abril. De acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, em relação ao mês de março houve acréscimo de 0,5% na PIA.
Ainda segundo a diretora, do total de pessoas que compõem a PIA, 60,6% eram economicamente ativas (PEA), o que corresponde a 1,475 milhão. Em relação ao mês de março, esse número manteve-se praticamente constante, variando apenas 0,1%, e quando comparado ao mês de abril de 2004, houve acréscimo de 8%, representando 109 mil pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho.
A taxa de atividade, relação entre PIA e PEA, foi de 60,6%, praticamente igual ao mês de março passado. No entanto, na comparação com abril de 2004, houve acréscimo de 2,5 pontos percentuais.
O número de ocupados foi estimado em abril de 2005, em 1,354 milhão, representando acréscimo de 0,4% na comparação com março e de 8% com abril de 2004. O coordenador da pesquisa, Ciro Cézar Barbosa, ressalta que em relação a abril de 2004 o acréscimo significa mais 100 mil pessoas ocupadas.
Grupo de atividades - Os grupos de atividade que apresentaram acréscimo no número de pessoas ocupados no mês de abril em relação a março, foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (4,5%), “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (1,1%), “educação, saúde, serviços sociais, defesa, seguro social e administração pública ” (5,8%) e “outros serviços” (0,9%).
Comparativamente ao abril do ano anterior, todos os grupamentos de atividade apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas: “construção civil” (17%), “educação, saúde, serviços sociais, defesa, seguro social e administração pública” (10,7%), “serviços domésticos” (15,1%), “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (5,3%), “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (7,7%), “comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis” (4,3%) e “outros serviços” (9,2%).
Quanto ao número de pessoas ocupadas em abril de 2005, Ciro Cézar Barbosa explica que 74,3% estavam na condição de empregados (1,006 milhão), 18,8% trabalhavam por conta própria (255 mil) e 5,3% era empregadores (72 mil).
O número de trabalhadores com carteira assinada apresentou crescimento de 0,9% no mês de abril em relação a março e de 10,2% em relação a abril de 2004. “São 62 mil pessoas a mais nesta categoria”, enfatiza Sachiko Araki Lira.
Já o número de empregados sem carteira assinada diminui em 1,3% em relação a março. O número de trabalhadores por conta própria também apresentou decréscimo em relação ao mês anterior (0,4%).
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas no mês de abril (R$ 938,90) diminuiu R$ 20,96 em relação ao mês de março, quando o rendimento havia sido de R$ 959,86. Já em comparação a abril de 2004, quando o rendimento médio real habitualmente recebido foi de R$ 929,74, houve acréscimo de 1%, ou seja, R$ 9,16.