Deputados aprovam transferência das contas estaduais para Banco do Brasil e Caixa

Eles consideram a atitude do governador correta, porque acreditam que, agora, os dois bancos federais vão investir em programas sociais no Paraná
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08/11/2005 - 16:00
Editoria
Deputados estaduais de diversos partidos aprovaram nesta terça-feira (8) a atitude do governador Roberto Requião em transferir do Banco Itaú para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal todas as aplicações e contas estaduais – folha de pagamento e pagamento de fornecedores. “O governador Roberto Requião corrigiu mais um desmando e removeu mais um entulho neoliberal deixado pelo governo anterior”, observou o deputado Dobrandino da Silva, líder do Governo na Assembléia Legislativa. Dobrandino lembra que essa é uma prática comum no governo Requião, que transformou o Paraná “em modelo de estado bem administrado que luta pelo seu patrimônio e contra essa política econômica predatória ao desenvolvimento do país”, ressaltou. O deputado Hermes Fonseca considera mais uma “atitude corretíssima” do governador. “O governo Lerner deu de presente o Banestado ao Itaú. Além disso, cedeu as contas estaduais e o mais grave, no pagar da luzes do seu governo, fez mais um aditivo prorrogando a gerência dessas contas por mais cinco anos. Foi um absurdo atrás de outro. Por isso sou totalmente favorável a transferência das contas. É mais uma atitude corretíssima do governador”. Alexandre Curi destaca o exemplo paranaense no cumprimento da legislação federal. “A Constituição determina que as contas públicas devem ser gerenciadas por bancos oficiais. O Paraná mais uma vez dá exemplo na defesa do patrimônio e dos recursos públicos”, afirma o deputado, para quem tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa Econômica Federal deverão desenvolver programas sociais em parceria com o governo do Paraná. “São programas que vão da inclusão digital, apoio a agricultura familiar e a recuperação de prédios público”, disse. A mesma opinião é do deputado Tadeu Veneri: “dinheiro público tem que ser gerenciado por banco público”. Ele acredita que o exemplo dado pelo governador Roberto Requião deve ser adotado pelas prefeituras. “E possibilita o debate sobre a função de um banco público que é atender bem os cidadãos, aplicando taxas menores nos seus serviços. É procedimento importante, útil e boa para os paranaenses”, completa. Para o deputado Nereu Moura, o Paraná e o governador Roberto Requião estão na linha de frente na defesa do patrimônio público. “Além de retomar empresas como a Copel e a Sanepar, a transferência dessas contas ao Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal é mais um passo nessa luta travada pelo governador nos últimos três anos”, avaliou o 1º secretário da Assembléia Legislativa. Por último, o deputado Neivo Beraldin (PDT), que presidiu a CPI do Banestado, aprova a transferência das contas e lembra ainda o malfado processo de privatização do banco estatal paranaense. “O governo do Paraná teve que emprestar R$ 5 bilhões para saneamento do Banestado que acabou sendo vendido para o Itaú por apenas R$ 1,6 bilhão. Para pagar o empréstimo, o Paraná assumiu uma dívida de R$ 52 milhões por mês, durante 30 anos. Esse dinheiro poderia ser investido em vários setores, como saúde, educação e segurança”, ressalta.