Defesa Civil recebe doações de telhas, colchões e alimentos

Chuva, granizo e ventos de 100 quilômetros por hora causaram destruição em 13 municípios da região Oeste
Publicação
16/10/2009 - 14:22
Editoria
A Defesa Civil do Paraná está recebendo doações de telhas, colchões e alimentos para atender as vítimas do temporal que atingiu a região Oeste na noite da quarta-feira (14). Chuva, granizo e ventos de 100 quilômetros por hora causaram destruição em 13 municípios, destelhando centenas de casas e derrubando árvores. “Não há necessidade de doações de roupas. As pessoas estão precisando principalmente de telhas de fibrocimento, já que centenas de casas foram destelhadas e há falta deste material no comércio”, afirma o coordenador regional da Defesa Civil do Paraná, tenente Amarildo Ribeiro. As doações são coordenadas pela Defesa Civil de Cascavel e serão entregues em toda a região. Elas podem ser feitas de segunda-feira a domingo, durante todo o dia, na sede do órgão (Rua Martin Afonso de Sousa, n. 590, no bairro Pacaembu – atrás do Centro de Convenções e Eventos). As pessoas também podem entrar em contato pelo 199 ou pelo telefone 45 3902 1730 para que o material seja recolhido. Cerca de 200 agentes e 50 viaturas da Defesa Civil estão envolvidos no atendimento à população desde o início das chuvas e vendavais. O Governo do Estado enviou um grupo de operações táticas e equipamentos para reforçar o trabalho na região. Foram deslocados 30 bombeiros de Londrina e, de Curitiba, duas equipes do Grupo Especial de Busca e Salvamento para atuar em resgate de pessoas. Também foram disponibilizadas oito viaturas e um helicóptero da Força Alfa para transporte de vítimas. “A pior situação já passou, mas ainda temos muito trabalho, principalmente em relação a corte de árvores e entrega de lonas”, diz Amarildo. Para isso, o trabalho foi dividido: a Defesa Civil municipal está percorrendo Cascavel para verificar as casas que precisam de lonas (30 mil metros quadrados já foram distribuídos) e organizar o envio do material para as outras cidades, e a Defesa Civil Estadual retira árvores, priorizando aquelas que ainda estão caídas sobre casas. Máquinas do DER e da prefeitura, como tratores e escavadeiras, estão sendo utilizadas. “É um trabalho demorado, técnico, que pode levar horas, dependendo do tamanho da árvore”, comenta o tenente. A previsão é que 20 árvores sejam cortadas nesta sexta-feira (16), como a que caiu sobre a casa de Marcos Techio, 46 anos, destruindo parte do telhado e da cerca. “Foi um susto. Ouvimos um barulho muito alto, era a árvore caindo. Caiu também a fiação sobre a casa e ficamos sem energia elétrica”, contou. Os troncos das árvores são vendidos pela prefeitura à Copavel. Segundo o responsável pelo setor operacional da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Jaime Vasatta, o dinheiro será repassado ao Provopar do município, que vai auxiliar as vítimas. Os galhos são trituradados e passam pelo projeto de compostagem, para serem utilizados em viveiros de mudas. O trabalho envolve Polícia Militar e Força Alfa, Corpo de Bombeiros, Exército, DER, Copel, Sanepar, órgãos municipais, voluntários e outras instituições. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Washington Alves da Rosa, esteve na região na quinta-feira (15) para avaliar as necessidades dos municípios e afirmou que a equipe ficará na região o tempo necessário. PREJUÍZOS – Cascavel foi a cidade mais atingida pelo temporal que ocorreu durante toda a noite da quarta-feira (14). A Defesa Civil Estadual registra, até a manhã desta sexta-feira (16), 800 casas e estabelecimentos comerciais destelhados e pelo menos 120 árvores derrubadas. Cerca de 100 pessoas estão desalojadas. Durante o temporal, uma pessoa ficou ferida. Outras sete se machucaram na quinta-feira (15) ao tentar trocar as telhas destruídas. “É preciso colocar uma madeira que sirva de apoio ao subir porque as telhas de fibrocimento são fracas e se quebram. O adequado seria contratar um pedreiro ou alguém que tenha conhecimento para este tipo de trabalho”, alertou o tenente Amarildo. A cidade de Iguatu registra 200 casas destelhadas e 31 destruídas, deixando 400 pessoas desalojadas e 80 desabrigadas. Estilhaços de telhas feriram 25 pessoas. Já em Santa Helena, 50 residências foram atingidas, uma pessoa morreu e outra ficou ferida. Em Três Barras do Paraná, 200 residências foram atingidas na área rural e 10 foram casas destruídas. Aproximadamente 600 pessoas estão desalojadas e 300 desabrigadas. Matelândia tem 400 residências afetadas e seis pessoas com ferimentos leves. Já em Capanema, duas pessoas ficaram feridas e 55 casas foram danificadas. A queda de granizo e o vendaval também destelharam 75 casas em Ampere, que registra dez desalojados, e 110 em Cruzeiro do Iguaçu, deixando 40 desabrigados. Ramilândia também sofreu com o temporal, que destruiu duas casas, atingiu outras 300. Cerca de dez pessoas estão desalojadas e 16 desabrigados. Em Palotina foram 84 casas atingidas; em Medianeira, 40; em Maripá, 80; em Dois Vizinhos, cinco; em Tupassi, 275; e em Assis Chateaubriand, 150. Em Nova Esperança do Sudoeste, 100 casas foram atingidas e, em Itapejara do Oeste, 15. Diamante do Oeste teve 50 residências na área urbana e 25 na área rural atingidas pelo temporal. Em Bela Vista da Caroba, duas foram danificadas e duas destruídas.

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