A Secretaria Nacional de Defesa Civil e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná realizam, nos dias 30 de setembro e 1.° de outubro, em Curitiba, a oficina Comunicação e Percepção de Riscos de Desastres. O evento destina-se a servidores da Defesa Civil, universidades e institutos de pesquisa e extensão, imprensa, Corpo de Bombeiros, órgãos de proteção ambiental da sociedade organizada.
O objetivo do curso é promover a cultura de riscos, prevenção e redução de desastres. A oficina irá capacitar multiplicadores para atuar no gerenciamento de riscos de desastres, com foco nos desafios impostos pelo nível cultural, de informação e conhecimento das comunidades mais vulneráveis.
Além do curso, será ministrada palestra pela professora doutora Cilene Victor da Silva e pela diretora do Departamento de Minimização de Desastre, Daniela Cunha Lopes. A oficina é realizada em vários estados brasileiros. No Paraná, confirmaram presença representantes do Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária Estadual, Delegacia do Meio Ambiente, Secretaria da Educação, Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Petrobras.
O chefe da Seção Técnica da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná, capitão Antonio Hiller, explica que a percepção de risco ainda é muito pouco difundida entre a população. “A cultura da percepção de risco não deve depender do nível de escolaridade. A sociedade, de forma geral, tem dificuldade de compreender essa necessidade”, avalia.
“Por isso, é preciso abordar as questões de sobrevivência e desenvolver nas pessoas o espírito solidário e humanitário, só assim poderemos diminuir o sofrimento e salvar vidas”, afirma o capitão.
Hiller lembra a dificuldade do trabalho da Defesa Civil ao mencionar o desinteresse das prefeituras em formar quadros preparados nos municípios. “Logo após a última eleição para prefeito, ofertamos cursos em todo o Estado. Dos 399 municípios, somente 183 participaram. Todos os municípios paranaenses possuem estruturas municipais de Defesa Civil, mas grande parte não funciona adequadamente”, aponta.
A Defesa Civil atua para prevenir, planejar e coordenar os meios de enfrentamento de desastres. Não é função do pessoal que trabalha nas coordenadorias de Defesa Civil praticar salvamentos, isolar áreas de desastres, desobstruir vias e prestar assistência médica. Em vez disso, o papel da Defesa Civil é manter planos de ação, que englobam um cadastramento prévio e atualizado de todos os agentes e meios que possam trabalhar em caso de desastres, e atuar como coordenadora das ações desses agentes.
Para isso, existe um sistema nacional de Defesa Civil, que busca trabalhar de forma articulada. Existem as coordenadorias estaduais, que podem ser subdivididas em coordenadorias regionais. No Paraná, há oito regionais, formadas na maioria por militares de carreira. Nas coordenadorias municipais, os prefeitos nomeiam os coordenadores, geralmente civis.
Hiller enumera algumas características que uma pessoa deve adquirir para atuar com defesa civil. “Iniciativa e boa vontade são imprescindíveis. Desastre não agenda horário para acontecer. Pelo contrário, a maioria acontece fora do horário comercial e em fins de semana e feriados”, lembra. Por isso, o coordenador municipal deve ser uma pessoa muito próxima ao prefeito, caso seja preciso realizar uma reunião de emergência com o secretariado sem perda de tempo.
“Os coordenadores municipais, que estão mais próximos da população na hora de realizar um diagnóstico de um desastre e repassar as necessidades para as coordenações regionais, avaliam se é preciso ajuda da interferência estadual e, se for o caso, federal”, explica o capitão.
O trabalho da Defesa Civil do Paraná tornou-se referência no Brasil em 2008, durante os alagamentos e desabamentos de morros e encostas em Santa Catarina. Foi o Paraná quem articulou e coordenou as ações mais importantes, principalmente o recebimento e distribuição de donativos vindos de estados como Rio de Janeiro e Bahia e de fora do País.
Nas ações preventivas, a Defesa Civil do Paraná atua em projetos como Comitê Mata Viva, dedicado ao combate a incêndios florestais, em acidentes com produtos perigosos, auxiliando nas ações de fiscalização do transporte, manuseio e armazenagem, no Comitê da Saúde, nas prevenções à dengue, Influenza A e possibilidade de gripe aviária, e em ocupações irregulares, em que é feito um levantamento das áreas de risco buscando a conscientização e retirada da população. FÓRUM — Estão abertas as inscrições para o I Fórum Estadual de Defesa Civil, que será realizado em Maringá, no dia 14 de outubro. As inscrições podem ser feitas no sítio www.defesacivil.pr.gov.br.
O objetivo do curso é promover a cultura de riscos, prevenção e redução de desastres. A oficina irá capacitar multiplicadores para atuar no gerenciamento de riscos de desastres, com foco nos desafios impostos pelo nível cultural, de informação e conhecimento das comunidades mais vulneráveis.
Além do curso, será ministrada palestra pela professora doutora Cilene Victor da Silva e pela diretora do Departamento de Minimização de Desastre, Daniela Cunha Lopes. A oficina é realizada em vários estados brasileiros. No Paraná, confirmaram presença representantes do Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária Estadual, Delegacia do Meio Ambiente, Secretaria da Educação, Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Petrobras.
O chefe da Seção Técnica da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná, capitão Antonio Hiller, explica que a percepção de risco ainda é muito pouco difundida entre a população. “A cultura da percepção de risco não deve depender do nível de escolaridade. A sociedade, de forma geral, tem dificuldade de compreender essa necessidade”, avalia.
“Por isso, é preciso abordar as questões de sobrevivência e desenvolver nas pessoas o espírito solidário e humanitário, só assim poderemos diminuir o sofrimento e salvar vidas”, afirma o capitão.
Hiller lembra a dificuldade do trabalho da Defesa Civil ao mencionar o desinteresse das prefeituras em formar quadros preparados nos municípios. “Logo após a última eleição para prefeito, ofertamos cursos em todo o Estado. Dos 399 municípios, somente 183 participaram. Todos os municípios paranaenses possuem estruturas municipais de Defesa Civil, mas grande parte não funciona adequadamente”, aponta.
A Defesa Civil atua para prevenir, planejar e coordenar os meios de enfrentamento de desastres. Não é função do pessoal que trabalha nas coordenadorias de Defesa Civil praticar salvamentos, isolar áreas de desastres, desobstruir vias e prestar assistência médica. Em vez disso, o papel da Defesa Civil é manter planos de ação, que englobam um cadastramento prévio e atualizado de todos os agentes e meios que possam trabalhar em caso de desastres, e atuar como coordenadora das ações desses agentes.
Para isso, existe um sistema nacional de Defesa Civil, que busca trabalhar de forma articulada. Existem as coordenadorias estaduais, que podem ser subdivididas em coordenadorias regionais. No Paraná, há oito regionais, formadas na maioria por militares de carreira. Nas coordenadorias municipais, os prefeitos nomeiam os coordenadores, geralmente civis.
Hiller enumera algumas características que uma pessoa deve adquirir para atuar com defesa civil. “Iniciativa e boa vontade são imprescindíveis. Desastre não agenda horário para acontecer. Pelo contrário, a maioria acontece fora do horário comercial e em fins de semana e feriados”, lembra. Por isso, o coordenador municipal deve ser uma pessoa muito próxima ao prefeito, caso seja preciso realizar uma reunião de emergência com o secretariado sem perda de tempo.
“Os coordenadores municipais, que estão mais próximos da população na hora de realizar um diagnóstico de um desastre e repassar as necessidades para as coordenações regionais, avaliam se é preciso ajuda da interferência estadual e, se for o caso, federal”, explica o capitão.
O trabalho da Defesa Civil do Paraná tornou-se referência no Brasil em 2008, durante os alagamentos e desabamentos de morros e encostas em Santa Catarina. Foi o Paraná quem articulou e coordenou as ações mais importantes, principalmente o recebimento e distribuição de donativos vindos de estados como Rio de Janeiro e Bahia e de fora do País.
Nas ações preventivas, a Defesa Civil do Paraná atua em projetos como Comitê Mata Viva, dedicado ao combate a incêndios florestais, em acidentes com produtos perigosos, auxiliando nas ações de fiscalização do transporte, manuseio e armazenagem, no Comitê da Saúde, nas prevenções à dengue, Influenza A e possibilidade de gripe aviária, e em ocupações irregulares, em que é feito um levantamento das áreas de risco buscando a conscientização e retirada da população. FÓRUM — Estão abertas as inscrições para o I Fórum Estadual de Defesa Civil, que será realizado em Maringá, no dia 14 de outubro. As inscrições podem ser feitas no sítio www.defesacivil.pr.gov.br.