Defesa Civil entrega presentes de Natal para crianças em Santa Catarina


Iniciativa beneficiou 1.150 crianças de 34 abrigos de Blumenau, que receberam a visita do Papai Noel
Publicação
20/12/2008 - 17:40
Editoria
Defesa Civil
Em mais uma ação que demonstra a solidariedade da população paranaense, a Defesa Civil do Paraná distribuiu neste sábado (20) kits com brinquedos para as crianças vítimas das enchentes em Santa Catarina. Foram beneficiadas 1.150 crianças em 34 abrigos de Blumenau. Desde o dia 24 de novembro foram arrecadados 1.700 brinquedos, nos quartéis do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Provopar. Os 2 mil kits montados pelos voluntários foram divididos para gestantes, meninas e meninos de até 15 anos. Eles são compostos por bonecas, jogos, bolas e roupas - destinadas essencialmente a recém nascidos. A separação dos brinquedos e montagem das caixas foi feita por voluntários, que há três semanas trabalham no carregamento de donativos para as vitimas das enchentes. A entrega dos presentes contou com os empresários proprietários de motos Harley-Davidson Edgar Azevedo, Sergio Pires, Wanderson Vendrami e Roberto Bauer, que cedeu o espaço para as doações de Natal; do tenente Caprignone e do sargento Martins, do Corpo de Bombeiros do Paraná; e dos soldados Sílvio e Binhara, da Coordenaria da Defesa Civil do Paraná; além de 13 voluntários da Defesa Civil do Paraná. A distribuição dos kits com brinquedos começou nos bairros Garcia, Progresso e Jordão, na região Sul, uma das mais afetadas na cidade. Os desabrigados estão alojados em colégios, capelas e postos de Saúde. Adair Cezar, sua mulher Sirlene e os dois filhos de 1 e 2 anos estão na Escola Básica Municipal João Mauricio, no bairro Progresso. “Não temos mais casa, a nossa desmoronou”, disse Adair. Sirlene disse que apesar de tudo, a vida continua. “Voltei a trabalhar e meus filhos ficam aqui mesmo na creche da escola”, contou. Ela comentou que para as crianças está tudo bem, pois “cada hora estão ganhando alguma coisa e eles ficam felizes”. Na mesma escola estão Patrícia da Silva Santos, sua mãe Edileusa, seus filhos Amanda e Alexandre e uma sobrinha Rafaela. A família toda veio de Recife há dois anos em busca de uma vida melhor. “Eu morava em casa alugada, mas o que tinha dentro a água levou”, disse Patrícia. Dona Edileusa chegou a Blumenau há um ano e trabalhava na escola onde hoje esta abrigada. “Mesmo com a tempestade, estou de cabeça erguida. Temos que enfrentar os problemas e, com fé, sei que tudo vai passar”, disse. Outras 13 famílias estão abrigadas na Escola Básica Municipal Henrique Halft, no bairro Progresso. O primeiro abrigo dessas famílias foi a Igreja São Cristóvão, em frente à escola. Na sexta-feira (19), foram transferidas para a escola, onde há mais espaço e um pouco mais de conforto. “Tem salas de aula com três e duas famílias cada”, explicou Nelson dos Santos, que ajuda na coordenação do grupo. Sua casa esta inteira, mas localizada em área de risco. “Então eu fico aqui até a Defesa Civil liberar a minha casa”, conforma-se. Eliane Padilha, o marido e três filhos estão prontos para o Natal fora de casa. “Eu estou calma. Da forma que for, vamos fazer uma comemoração de Natal bem família. Vamos passar todos juntos”, disse. A iniciativa de presentear as crianças foi de um grupo de empresários proprietários de motos Harley-Davidson de Santa Catarina, que teve a idéia de arrecadar dinheiro para comprar brinquedos e distribuir no Natal. “Como eu tenho amigos nesse grupo e a Defesa Civil do Paraná tinha muitos brinquedos doados pelos paranaenses, resolvemos montar os kits e contribuir para que as crianças tivessem um natal mais feliz”, disse o major Ricardo Silva, subcomandante do 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Curitiba. A distribuição dos brinquedos terminará somente no dia 24, pois alguns abrigos são afastados do perímetro urbano e o deslocamento até eles ainda é difícil. Além da coleta e separação e transporte dos donativos, a Defesa Civil do Paraná transportou médicos e enfermeiros voluntários em dois aviões do Governo do Estado, que auxiliaram os desabrigados durante os períodos mais críticos.

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