Data: 09/02/09 - “Governo responsável investe para enfrentar a crise” - Artigo assinado por Enio Verri, secretário do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná e professor do Departamento de Economia da UEM.

Artigo assinado por Enio Verri, deputado estadual do PT, secretário do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná e professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá.
Publicação
09/02/2009 - 11:44
Editoria
Em uma conjuntura como a que vivemos hoje, o grande e principal papel do Estado é investir. O governo, seja ele federal, estadual ou municipal, tem de garantir investimentos em setores que possam irradiar mais empregos e mais impostos. Esse é o papel do Estado que se preocupa com o conjunto da economia, com o desenvolvimento e com a distribuição de renda. Qualquer atitude contrária como, por exemplo, o corte de investimentos e de gastos do governo, não só auxilia como aumenta ainda mais a crise. É um equívoco defendido pelos defensores do estado mínimo anunciar publicamente que vai reduzir os investimentos. E esses defensores que estão fazendo isso estão contribuindo, e muito, para fomentar e aumentar ainda mais essa turbulência econômica mundial que está batendo à nossa porta. A solução é uma só: o Estado intervir na economia, investir mais do que nunca para garantir um enfrentamento sério desta crise e, em especial, garantir o emprego da nossa população. No Paraná, o governo está mantendo todos os investimentos do Estado.Nenhum dos programas e ações do governo está sofrendo descontinuidade ou restrição de recursos, no entanto, o executivo estadual observa atentamente a crise e seus reflexos. Dispomos do sistema de orçamento estadual programado, único no País, para ajudar a administrar os efeitos dessa turbulência. O sistema funciona da seguinte maneira: as secretarias fazem o planejamento e previsão de seus gastos a cada três meses, e os recursos são liberados a partir da disposição da receita. Isso otimiza os recursos financeiros. O Paraná saiu na frente dos demais estados ao promover mudanças necessárias, antes mesmo da turbulência econômica mundial. Já tínhamos começado a fazer mudanças antes da crise, do ponto de vista de gestão e do desenvolvimento local. Em termos de impostos, por exemplo, o Estado diminuiu, no ano passado, a alíquota do ICMS de 18 % para 12% em 95 mil produtos. Como o próprio governador Roberto Requião já garantiu, todas as obras do governo estão mantidas, como a construção de novas escolas, centros de saúde de apoio à mulher e à criança, hospitais, entre outros. Programas sociais e de infraestrutura como o “Leite das Crianças”, “Irrigação Noturna”, “ Luz Fraterna”, “Trator Solidário”, “Biblioteca Cidadão” e construção de estradas, que já beneficiaram milhares de famílias em todo o Estado, principalmente as de baixa renda, não sofrerão diminuição.O mesmo acontece com as grandes obras do Porto de Paranaguá, da Copel e da Sanepar. O momento é de arregaçar as mangas, trabalhar, investir e garantir o emprego dos paranaenses. Essa é a grande saída. +Enio Verri é secretário do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná e professor do Departamento de Economia da UEM.