DER alerta sobre cuidados com o transporte de doentes e bóias-frias

Entre os principais problemas, são encontrados motoristas sem curso para transporte de passageiros e sem a carteira de saúde, sem contar as ambulâncias com bancos improvisados
Publicação
27/08/2007 - 09:20
Editoria
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) está alertando prefeituras e outros contratantes das chamadas “linhas saúde” – transporte de doentes para as cidades de maior porte - e responsáveis pelo transporte de trabalhadores rurais para o respeito às regras de segurança exigidas pelas leis estaduais e federais. Segundo os agentes do Departamento, apesar das constantes orientações, diversas irregularidades que colocam os passageiros em risco ainda têm sido verificadas no Paraná. Entre os principais problemas, foram encontrados motoristas sem curso específico para transporte de passageiros e sem a carteira de saúde, documento que atesta a sanidade física e mental para exercício da profissão. “Isso sem contar as ambulâncias com bancos móveis improvisados e a contratação de terceiros sem registro no DER”, relata o secretário dos Transportes e diretor-geral do DER, Rogério Tizzot. As irregularidades foram verificadas, principalmente, no mês de julho, quando os fiscais do DER aproveitaram as férias escolares e intensificaram outros segmentos de transporte. “Durante as últimas blizte, todos os casos de irregularidade encontrados receberam a orientação devida. A partir de agora, a fiscalização nesses casos vai trabalhar de maneira bem mais rigorosa”, completou o secretário. Saúde - Os maiores problemas foram observados na “linha saúde”, onde a capacidade máxima tem sido quase sempre desrespeitada. Para transformar os veículos em ambulâncias, com a instalação de macas, é retirada parte dos bancos e muitos veículos ficam apenas um ou dois lugares para a acomodação dos acompanhantes dos doentes. Contudo, na prática, é usado espaço indevido nas laterais das macas para transportar passageiros sentados em bancos móveis, sem qualquer segurança. “É importante fazer um alerta ainda às administrações municipais para que prestem atenção aos registros das empresas antes da contratação. E para que não dêem espaço aos chamados piratas, que não oferecem a menor garantia de segurança”, ressaltou o secretário Tizzot. “Ainda é essencial que as prefeituras procurem conhecer e observar os critérios para o transporte de doentes, estabelecido pelos órgãos competentes, como o Conselho Regional de Medicina (CRM) e as Secretarias de Saúde”. BALANÇO – O último balanço divulgado pelo DER, de julho, aponta que foram abordados 1.808 veículos de transporte de passageiros contra os 1.373 do mês de junho. As notificações, no entanto caíram de 129 para 127 e o número de autuações também foi reduzido. Houve apenas uma no último mês. O Departamento mantém uma linha de telefone exclusiva para denúncias, reclamações e sugestões sobre os serviços de transporte intermunicipal de passageiros. O número é 0800 41 0158. Quem preferir, pode utilizar o novo e-mail do setor: reclame@der.pr.gov.br. A lista das empresas autorizadas a prestar esses serviços no Estado está disponível na internet (www.pr.gov.br/der ou www.pr.gov.br/stc).

GALERIA DE IMAGENS