Curso aprimora a atuação de gerentes e coordenadores públicos


Servidores participaram do curso “Gerente Intermediário”, promovido pela Escola de Governo, vinculada à Secretaria da Administração e Previdência
Publicação
04/10/2007 - 17:47
Editoria
Melhor compreensão da organização do poder público e suas peculiaridades, mais preparo para lidar com situações de conflito ou de pressão por resultados e entendimento mais detalhado de aspectos administrativos. Esses são alguns dos ganhos que cerca de 20 servidores públicos estaduais, que participaram do curso “Gerente Intermediário”, promovido pela Escola de Governo (vinculada à Secretaria de Estado da Administração e da Previdência), já estão percebendo e aplicando no seu dia-a-dia. Nesta quinta-feira (4), um grupo desses servidores e suas chefias se reuniu na Gerência Executiva da Escola de Governo, em Curitiba, para avaliação dos resultados. O curso teve duração de 302 horas, divididas em cinco módulos e mais uma palestra, e distribuídas nos meses de março, maio, junho, julho e setembro. O último módulo encerrou-se na semana passada. Participaram do curso chefes, gerentes e coordenadores de setores dos mais diversos órgãos públicos do Poder Executivo – das áreas de saúde, educação, transporte, sistema penitenciário, segurança e trânsito. Durante todo o curso, eles trocaram experiências, passaram a conhecer melhor a atribuição e função de cada área e, juntos, produziram um único trabalho: “construir” serviços públicos para uma cidade imaginária, com todas as suas características geográficas e dificuldades sociais e econômicas. INICIATIVAS - O aprendizado obtido no curso já gera idéias de mudanças no ambiente de trabalho. É o que está ocorrendo na Controladoria Regional de Trânsito, do Detran. Lá, a chefe de divisão Michele Silvério propôs mudanças na disposição de mesas e computadores da repartição, “para tornar o local de trabalho mais agradável, mais apropriado”, conforme atesta o chefe de Michele, o coordenador da controladoria, Herivelto do Carmo. “Ela voltou bastante preocupada com a gestão de pessoas”, afirma Carmo. Michele confirma as palavras do coordenador. “Os módulos que trataram de questões comportamentais foram importantes para a vida profissional e pessoal.” No Complexo Médico Penal, o vice-diretor da unidade, Gilmar Afonso Kaminski, terminou o curso com motivação e idéias extras. A diretora do complexo, Cinthia Maria Mattar Bernardelli Dias, conta que, com criatividade, aproveitando a estrutura existente, Gilmar Kaminski está implantando uma rádio local para ser produzida e conduzida pelos internos. “O curso aliou muito a teoria à prática e de tal forma a motivar a gente a aplicar o conhecimento que recebemos em cada um dos módulos”, observa o vice-diretor. ESTRUTURA - Michele, Gilmar e o chefe da seção financeira do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (em Piraquara), Edison Luiz Batista, aprovaram também o tema abordado no primeiro módulo: a estrutura do poder público. Nesse módulo, os participantes tiveram a exata noção de como é complexa, mas necessária, a estrutura governamental. Puderam saber com mais detalhes as atribuição de cada pasta ou setor da administração pública, bem como àqueles que estão mais próximos de sua própria área de atuação. O diretor do Hospital de Dermatologia, Antônio Cleudo Tosin Lopes, é outro que elogia a melhora de desempenho de seu funcionário que participou do curso – Edison Batista, da seção financeira – e ressalta a importância de se liberar os servidores para participarem dos eventos de qualificação profissional, ainda que a ausência por alguns dias no local de trabalho cause transtornos momentâneos ao ritmo diário de tarefas. “A necessidade de dispensa do trabalho para fazer o curso não pode ser encarada como problema. Funcionário dispensado para um curso não faz falta, porque ele está se desenvolvendo.” BOX – Construção de maquetes põe em xeque planejamento e organização O trabalho final do curso “Gerente Intermediário” foi a “construção” de serviços públicos essenciais a uma cidade. A turma foi dividida em quatro grupos e cada um deles ficou responsável por fazer maquetes de um paço municipal, escola, centro comunitário e hospital, para um município com características geográficas, sociais e econômicas adversas. Segundo a consultora Maria Imaculada Gonçalves de Almeida Möllmann, instrutora que aplicou o trabalho, a atividade serviu para abordar e avaliar pontos como planejamento, organização, liderança, necessidade de se adequar idéias à realidade, cumprimento de prazos e competitividade. “Atuo há 20 anos como educadora corporativa, e pela primeira vez vi um grupo começar as atividades pela manhã e só se dar conta de que tinha que almoçar quando já eram três da tarde. Isso demonstrou a aplicação, o comprometimento desses servidores”, reforça a consultora, ao falar do dia da construção e apresentação da “cidade construída”.

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