Curitiba tem a menor taxa de desemprego do país

Dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ipardes mostra que índice passou de 7,6% em agosto para 7% em setembro, o que significa redução de 9 mil pessoas desocupadas e procurando emprego na região de Curitiba
Publicação
28/10/2005 - 16:10
Editoria
A Região Metropolitana de Curitiba fechou o mês de setembro com queda de 0,6 ponto percentual na taxa de desemprego, passando de 7,6% em agosto para 7%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados, o número de pessoas desocupadas e procurando emprego na região caiu de 112 mil para 103 mil pessoas, o que significa redução de 8%. Na comparação com setembro de 2004, o número de pessoas desocupadas e procurando emprego sofreu redução de 8,8%, sendo que naquele ano o número chegava a 113 mil pessoas. A diretora do Centro Estadual de Estatística (CEE), Sachiko Araki Lira, lembra que em 2005 a taxa de desemprego na RMC apresentou quedas consecutivas entre os meses de março e junho, chegando a estabilidade nos meses de julho e agosto, tornando a apresentar redução em setembro. Sachiko atenta ainda, para o fato de a RMC ter apresentado a menor taxa de desocupação entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, seguida pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (7,4%), Porto Alegre (8,4%), Belo Horizonte (8,1%), São Paulo (9,7%), Recife (15%) e Salvador (15,2%). A média nacional foi de 9,6%. Nível de Emprego: A PME mostra que no mês de referência da pesquisa, os seguintes grupos de atividades apresentaram aumento no número de ocupados, quando comparados a agosto: “construção civil” (4,4%); “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (0,3%); “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (1,1%) e “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (6,7%). Comparativamente ao mesmo mês de setembro/2004, os grupamentos que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (3,7%), “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (10%), “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (17,9%), “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (6,7%) e “serviços domésticos” (2,2%). Em contrapartida, os grupos que apresentaram redução em setembro de 2005, foram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (-1,4%); “serviços domésticos” (-1,1%) e “outros serviços” (-2,9%). Comparados ao ano anterior, os seguintes grupamentos apresentaram redução no contingente de pessoas ocupadas: “construção civil” (10,4%) e “outros serviços” (3,3%). Registro em Carteira: Em setembro, o número de empregados com carteira assinada apresentou decréscimo de 0,6% em relação ao mês anterior. Já na comparação com setembro de 2004, houve acréscimo de 10,1%, o que representa 63 mil pessoas a mais nesta categoria. Já o número de empregados sem carteira assinada cresceu 4,1% se comparado a agosto e redução de 4,5% quando comparado a setembro do ano anterior. Quanto aos trabalhadores autônomos, em setembro a redução foi de 0,8% tanto na comparação com o mês de agosto quanto na comparação com setembro/2004. Do total de empregados no setor privado, os com carteira de trabalho assinada apresentaram decréscimo de 1,1% em relação a agosto passado e acréscimo de 13% (73 mil pessoas) em relação a setembro/2004, enquanto aqueles sem carteira de trabalho assinada, apresentaram aumento de 11,4% em relação ao mês anterior e decréscimo de 2,5% em relação a setembro do ano passado. Rendimento: O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas em setembro foi de R$ 940,70. A PME mostra ainda, que os empregados do setor privado com carteira assinada tiveram acréscimo de 3% em seus rendimentos médios. Já os empregados do setor privado sem carteira assinada tiveram queda de 2,7% e os trabalhadores por conta própria, decréscimo de 5,6%. Pessoas em idade ativa: Para setembro de 2005, a PME estimou em 2,467 milhões o número de pessoas em idade para trabalhar. Destas, 59,9% encontravam-se no mercado de trabalho, sendo consideradas então, economicamente ativas (PEA). A pesquisa mostra também que a PEA apresentou decréscimo de 0,1%, comparado a agosto passado. Quanto a setembro de 2004, a PEA teve acréscimo de 3,8%, ou seja, 54 mil pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho. Quanto ao número de ocupados, a estimativa foi de 1,374 milhão para setembro de 2005, o que significa que houve acréscimo de 0,5% em comparação com agosto. Já em relação ao mês de setembro do ano anterior, o acréscimo foi de 4,8%, totalizando 63 mil pessoas a mais nesta condição.

GALERIA DE IMAGENS